Nos anos 80, a figura predominante na área social da usina é a assistente social – 100% mulher. Naquela época, o papel da assistente social era elaborar e implementar o Plano de Assistência Social (PAS), do qual o setor sucroenergético é um dos únicos a cumprir a legislação.
A consultora de Recursos Humanos do Grupo São Martinho, Silvia Regina Cuaglio, ressalta que era uma época de paternalismo e assistencialismo, pois havia a obrigatoriedade de implantar na área social 1% da arrecadação do preço da cana, 2% do álcool e 1% do açúcar, em valores de vendas do produto.
Mas, segundo ela, embora fosse uma época de paternalismo e assistencialismo marcou o início do social e da sustentabilidade.
"Isso implica em avanço histórico, afinal, muitos projetos existentes nas usinas nasceram nessa época e com a evolução o papel das mulheres no setor como operadoras de máquinas, cortadoras de cana, zeladoria e outras funções também sofreram mudanças, principalmente, nas áreas técnicas", disse
Para Silvia, na área social, comparativamente com os anos 80, houve uma globalização, um novo cenário econômico e social para acompanhar todo o processo de modernização. “O papel do social nesse contexto precisou se reinventar, recriar novas posturas, novos espaços, mas com profissionais capacitados”.
Por isso, a mulher, muitas vezes, precisa abdicar do papel de mãe para buscar capacitação, se aperfeiçoar em grupos de trabalhos multidisciplinares para ter conhecimento técnico e amplo da empresa no mercado interno e externo.
Ser socialmente responsável ou não, a empresa não pode mais escolher. Terá que optar como praticar a responsabilidade social, um braço da sustentabilidade. E isso a mulher tem grande espaço e particularidades de ocupar pela sensibilidade de perceber que é economicamente vantajoso.
Por: Luciana Paiva
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