*Guilherme da Luz
Foi-se o tempo em que velocidade, pista e assuntos ligados à mecânica eram parte somente do universo masculino. Sair da posição somente de espectadores e tomar o posicionamento de personagem principal já é rotina para algumas mulheres que se especializam no universo do motor. Seja na área de engenharia mecânica, de pesquisas ou de comando de um automóvel, apesar de não encontrarem ainda muita abertura.
Bia Figueiredo, por exemplo,foi confirmada no mês passado como a nova piloto da ProGP como companheira de equipe de Rafael Suzuki na Stock Car. Ela que fez parte da Stock Car em 2006, volta agora nas provas que vão ocorrer no circuito de Irterlagos, em São Paulo. A suíça de 25 anos, Simona de Silvestro, tenta uma vaga como titular para a temporada 2015 na Fórmula 1, a piloto passou por testes com o carro da Sauber, e fez 68 voltas no circuito Fiorano. Antes ela passou quatro temporadas na Fórmula Indy.
Sucesso nos tabloides americanos Danica Patrick é um dos nomes que coleciona mais vitórias e sucesso na carreira do automobilismo, foi a primeira mulher a vencer uma corrida de Fórmula Indy(2008).Johanna Long se destacou sendo a piloto mais nova, com 19 anos, a correr pela Nationwide em 2012, alcançando o 21º lugar em Daytona.
Com muito ainda para conquistar e quebrar tabus, as mulheres tentam mostrar que é possível lidar com velocidade e com o mundo das competições nas pistas, apesar da falta de apoio e de um pouco de falta de crença por muitas pessoas que preferem manter esse campo só para o profissionais masculinos.Elas tentam abrir mais brechas e aos poucos conseguem ganhar o foco das atenções.
Se na área do automobilismo ainda há o que ser conquistado, no dia a dia as mulheres já são 38% da fatia de motoristas no Brasil. Mãe de família, dona de casa ou profissionais, elas estão na condução do volante. Provando que piadas como “mulher no volante, perigo constante”, não passam de provocações sem fundamento, elas mostram ter cuidado e responsabilidade na direção.
Apesar desse número, ainda na parte de manutenção de veículos, as mulheres esperam pela opinião masculina para decidir alguma modificação ou ajuste na parte técnica. Cursos de mecânicas já são oferecidos somente para o público feminino para quebrar o mito que mulheres não entendem de motor. As mulheres também representam uma grande fatia do grupo de consumidores de automóveis, seja por financiamento, consórcio ou compra à vista, elas desejam ter a posse de um carro.
Geralmente o olhar das mulheres em relação ao automóvel inclui o uso diário, as facilidades que ele pode oferecer no que diz respeito às compras, filhos, viagens e conforto. Já os homens tendem a prestar mais atenção à potência, ronco do motor etc.
Esse dado reflete também na indústria, que passa a moldar certos detalhes exclusivamente para elas. Segundo pesquisa da Fiat em 2008, 80% das decisões de compras parte das mulheres, quando não são elas mesmas que desembolsam o valor e escolhem o carro que desejam.
Fonte: Motor Spirit
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