Na Santa Vitória, Vandereza abriu portas. Hoje já tem um número maior de mulheres trabalhando com máquinas na usina

Com um jeito simples e simpático, a motorista de rodotrem Vandereza Franco, da Usina Santa Vitória, MG, conquistou o público de mais de 300 pessoas presentes no VI Encontro Cana Substantivo Feminino, realizado em 16 de março em Ribeirão Preto.
Mesmo antes de ir trabalhar na usina, Vandereza já quebrou barreiras ao dirigir caminhão de lixo na cidade de Santa Vitória. Ingressou na usina em 2012, operando equipamento transbordo. Pouco depois ficou encarregada de comandar um caminhão cheio de problemas. “Era um caminhãozinho acabado, sujo, com retrovisor amarrado com arame. Mas fui cuidando dele, consertado as partes quebrados, deixei ele limpinho. O caminhãozinho ficou outro”, conta. Como prêmio, ganhou um caminhão zero km para dirigir. E o cuidado não mudou.
Hoje, Vandereza está à frente de um rodotrem. “Quando assumi essa ‘monstruosidade’ de veículo, tinha medo de não dar conta. Mas com o tempo adquiri autoconfiança e provei que lugar de mulher não é, necessariamente, ter que ficar esquentando o fogão.”
A rotina do trabalho não é fácil. Chega na usina por volta de 5h30 da manhã, quando entra numa van que a deixa onde o rodotrem está operando. “Ao chegar, temos o primeiro contato com o parceiro que informa sobre a frente de serviço, sobre o trajeto do caminhão, sobre como está o equipamento. Aí abro o informativo, faço o ckeck-list, verifico os pneus para ver se terei algum problema no trajeto”, explica. “Olho tudo com cautela para ter uma boa viagem”, completa. Com tudo pronto, é só seguir caminho.
Na Santa Vitória, Vandereza abriu portas. Hoje já tem um número maior de mulheres trabalhando com máquinas na usina.
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Fonte: CanaOnline