Sementes de cana, viabilidade econômica do etanol 2 G, são apenas algumas das pesquisas lideradas por mulheres no setor canavieiro

Leonardo Ruiz

Costuma-se dizer que o plantio de cana-de-açúcar é feito quase que da mesma forma desde a época do descobrimento do Brasil, quando as primeiras mudas chegaram pelas mãos de Martin Afonso de Souza. E a afirmação não está tão equivocada, já que ainda hoje é comum encher o sulco de plantio com toneladas e mais toneladas de toletes. A novidade foi a introdução do plantio mecanizado, mas que acabou aumentando o consumo de mudas.

Porém, um projeto do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) visa mudar esse cenário. Trata-se das sementes artificiais de cana (célula de cana clonada), cuja principal vantagem será a redução da quantidade de cana utilizada no plantio. Com esta tecnologia, o número cai de cerca de 20 ton/ha, valor atual para operações mecanizadas, para insignificantes 300 quilos.

A frente desta pesquisa bilionária está Danila Passarin, líder de Pesquisa e Desenvolvimento do CTC. “Nosso objetivo é desenvolver um novo sistema de plantio de cana-de-açúcar para substituir o atual, o qual é muito ineficiente.” Segundo ela, esta tecnologia trará muitos benefícios aos produtores, por meio da garantia genética, fitossanidade, maior vigor e simplicidade de plantio que irão “refletir positivamente na produtividade”.

Essas sementes irão demandar algumas mudanças por parte das usinas e fornecedores, principalmente no preparo de solo e no plantio, que será realizado com uma plantadora menor que a utilizada atualmente. O projeto ainda está em fase de desenvolvimento do produto, o qual será avaliado quanto ao seu desempenho a campo. A previsão inicial para o lançamento é no decorrer da safra 2018/19.

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Fonte: CanaOnline