O que pode parecer como economia no primeiro momento, vai gerar prejuízo no final

“O setor produtivo não está fazendo a lição de casa, ou seja, o manejo varietal, a nutrição necessária da planta, do solo, o controle de doenças, pragas e daninhas”, afirmou Márcia Mutton, professora do Departamento de Tecnologia da FCAV-Unesp, ao participar de painel que abordava a produtividade da agroindústria canavieiro, no Congresso Nacional de Bioenergia, realizado pela UDOP, nos dias 22 e 23 de novembro, em Araçatuba-SP.

Segundo a professora, quando a cabeça do administrador está focada só naparte econômica, sem considerar as questões técnicas, o que se tem observado é que nem sempre a decisão tomada vai representar economia no processo final. Por exemplo, o corte no uso de nutrientes e defensivos. “Encontramos canaviais com falta de calcário, que é algo básico, isso vai significar, cana sem raiz. O corte de defensivos em hora errada também é muito comum, quando se perde o ponto certo para a sua aplicação corre-se o risco de prejuízo de 20 a 25%. A falta de controle de pragas, como broca e cigarrinha, não só acarreta perdas na área agrícola, como também na indústria, principalmente no caso da cigarrinha,que influência na cor do açúcar, na viscosidade, provoca recuperação baixa do cozimento e danos piores ainda na produção de etanol”, salienta Márcia.

Para ela, é preciso ter conhecimento e fazer uso dele. “O conhecimento que não gera transformação é estéreo. O conceito – eu sei, mas não aplico, não adianta nada”, diz a professora, observando que as tecnologias estão à disposição do setor e o gestor da área financeira precisa sentar com os profissionais das áreas produtivas e planejarem uma forma de melhor alocar os recursos financeiros, visando o aumento de produtividade, não apenas cortar gastos sem pensar no resultado. Veja fala de Márcia Mutton no Facebook da CanaOnline:
https://www.facebook.com/canaonline.com.br/videos/1223160197827479/

Fonte: CanaOnline