Hoje, é possível fazer a administração de três safras, pagando custos do ciclo finalizado, custeando a atual e planejando a próxima colheita

¹Ana Palazzo e ²Reiner Santos

O agronegócio sofreu profundas mudanças ao longo das últimas décadas. Todas as tecnologias desenvolvidas possibilitaram o aumento de produtividade, do número de safras plantadas no ano e a redução nos ciclos de produção na pecuária. A gestão dos negócios também acompanhou essa evolução e se tornou muito mais complexa. Hoje, é possível fazer a administração de três safras, pagando custos do ciclo finalizado, custeando a atual e planejando a próxima colheita. Isso inclui, ainda, a venda da produção no mercado futuro.

Nesse sentido, a administração dos custos de produção é um dos maiores gargalos, com especial atenção aos insumos, principalmente sementes, defensivos e fertilizantes. No caso de culturas como soja, milho e café, por exemplo, a categoria pode representar mais de 60% do custo de produção, segundo diferentes fontes, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea). Existem boas dinâmicas no mercado, que trazem a possibilidade de operar de forma eficiente, em um cenário globalizado e complexo.

O cooperativismo, apesar de ser uma prática centenária no Brasil, permanece como peça fundamental do agronegócio nacional. Segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mais de 1.500 cooperativas de produção brasileiras, concentram 48% da produção agropecuária nacional, em alguma parte ou na totalidade de sua cadeia. Essas instituições trazem vantagens no custo de produção, pois conseguem comprar maiores volumes de insumos a valores mais competitivos, balizando preços em suas regiões de atuação. Além disso, também existem os benefícios da assistência técnica e armazenamento.

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Fonte: CanaOnline