Foi em uma expedição às cavernas do parque de Petar, no Vale do Ribeira, SP, que Marcos Jank, ex-presidente da UNICA, conheceu Daniela. “Aquele jeito ecológico da Dani chamou-me a atenção. Ela defendia o meio ambiente, a reciclagem. A caçamba de sua caminhonete vivia cheia de lixo a procura de um ponto de coleta para reciclagem”, contou Marcos. A partir daí, ele mesmo, como um perfeito namorado, passou a adotar a filosofia de Dani, como a separação do lixo.
Estão casados há 18 anos e tem três filhos. Daniela é paulistana, formada em arquitetura pelo Mackenzie e durante sua participação no painel Os Bastidores do Setor disse que sempre foi envolvida pelas questões ambientais, o que influenciou também na parte profissional, Dani atua na área da bioarquitetura – corrente que oferece a proposta de construções sustentáveis.
Desde o nascimento do primeiro filho, Daniela sempre procurou não deixar totalmente seus trabalhos de lado para se dedicar a família, mas isso também foi uma exigência do marido. “Logo que nosso primeiro filho nasceu, Marcos me perguntava quando eu ia voltar a trabalhar, pois ele tinha pavor que eu ficasse em casa”, disse. Para ela, no início isso soou como uma cobrança, mas depois entendeu o recado e percebeu que era uma valorização por ser mulher profissional, no intuito de ter uma agenda com meus compromissos e saber equilibrar com os deveres de mãe.
Em relação à cana-de-açúcar Dani admite que só passou a fazer parte de sua vida em 2007, quando Marcos ingressou na UNICA. “Sou uma defensora do etanol, do combustível verde. Vou continuar abastecendo meu carro com etanol e defendendo essa bandeira, mesmo com a saída do Marcos da UNICA, pois é o que eu acredito”, afirmou.
Segundo ela, o papel da mulher no bastidor é maravilhoso. “Sabemos muito bem quando é hora de entrar e sair de cena. O bonito do casamento é perceber lá na frente o valor e o amor verdadeiros para conseguir equilibrar os seus desejos que o outro pode realmente lhe oferecer”, realçou.
Daniela disse que pretende formar os filhos como cidadãos do mundo, passando-lhes conhecimento dessa cultura que valoriza o reaproveitamento e a sustentabilidade. “Isso tudo não é só para eles, e sim uma realização pessoal e profissional. Mas, também é retribuir à sociedade o privilégio de serem bem-nascidos, de terem tido um lar afetuoso e de estudarem em boas escolas. Procuramos passar aos filhos que, além de olhar a si próprios, é importante passar para o outro os valores através de trabalhos voluntários”, finalizou.
Por: Luciana Paiva
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