15% do quadro de funcionários da Atvos é composto por mulheres e 7% estão em cargos de liderança. A empresa quer mais mulheres
08-03-2021

As mulheres estão em todos os cantos da Atvos
As mulheres estão em todos os cantos da Atvos

Diretora de pessoas da Atvos, Silvana Sacramento falou sobre as políticas de diversidade nas usinas do Grupo durante o Encontro Cana Substantivo Feminino On-line

Leonardo Ruiz

Na última terça-feira (02) foi realizada a primeira live do Encontro Cana Substantivo Feminino, que em 2021 está sendo feito em formato on-line. Serão 10 lives no decorrer do mês de março com mulheres que atuam no setor sucroenergético nacional. As transmissões ocorrem simultaneamente nas páginas do YouTube, Facebook e LinkedIn da CanaOnline. O evento conta com o apoio da Corteva AgriScience, FMC, Koppert e Microgeo.

O tema escolhido para a primeira live foi: “Preparando as empresas do agro para a diversidade e inclusão no ambiente de trabalho”. Na ocasião, quatro profissionais ligadas ao segmento debateram o papel dos gestores da área de pessoas para abrir as organizações para a diversidade de gênero, de etnia, de religião e minorias.

Silvana durante na primeira do Encontro Cana Substantivo Feminino On-line

Uma das debatedoras foi a diretora de pessoas da Atvos, Silvana Sacramento, que destacou a nova política de diversidade da companhia, aprovada em dezembro de 2020. “Nós já conduzíamos ações em prol dessa maior diversidade, seja de gênero, raça, etnia ou credo. Mas, a partir de agora, ela passa a ter o comprometimento da alta liderança, para que o tema esteja, de fato, presente na cultura das unidades.” A Atvos conta com nove unidades produtoras, está presente em quatro estados e tem 11 mil integrantes.

Segundo Silvana, 15% do quadro de funcionários da Atvos é composto por mulheres, mas apenas 7% delas ocupam cargos de liderança. “Infelizmente, essa indústria ainda é predominantemente masculina. Portanto, cabe aos profissionais de Recursos Humanos (RH) preparar as companhias sucroenergéticas para a diversidade, pois, se uma usina reflete e trabalha para uma sociedade, ela deve ser um lugar para todos.”

Na visão da profissional, existem dois desafios principais no que tange a inclusão de mulheres no setor. O primeiro deles é possibilitar essa entrada. “Não podemos simplesmente abrir uma vaga e esperar que as mulheres venham participar do processo seletivo. Isso é ingenuidade. Na Atvos, criamos o programa “Acreditar”, cujo foco é qualificar e capacitar as mulheres da comunidade e, posteriormente, oferecer a elas uma nova carreira e oportunidade de ingresso na companhia.”

Em paralelo, Silvana afirma que as empresas devem trabalhar também no empoderamento das mulheres, em função de uma auto sabotagem ancestral por parte delas. “Elas irão sempre se questionar se serão capazes de operar um trator ou dirigir um caminhão. Por isso, temos que mostrar que esse espaço também pode ser delas. Do lado de dentro da porteira, devemos questionar tudo o que existe dentro da usina, desde o uniforme e a estrutura das áreas de lazer e convivência, até o layout de uma máquina.”

Já o segundo desafio seria a retenção e promoção dessas mulheres. A diretora de pessoas da Atvos destaca que a companhia tem criado comitês para ouvir os dilemas de suas colaboradoras a fim de mitigar ao máximo os processos de evasão e desistência. “Não podemos pressupor que já sabemos todas as necessidades desse público. Temos que estar constantemente atentos às demandas e dificuldades, que mudam de pessoa para pessoa e de região para região, para que elas não desistam no meio da jornada.”

A live completa está disponível no canal da CanaOnline no YouTube, através do link: https://www.youtube.com/watch?v=MdVm95iVjl4

Fonte: CanaOnline