8° Grande Encontro de Variedades de Cana-de-açúcar
26-09-2014

O que esperar dos programas de melhoramento? Eles estão atendendo nossas necessidades?

"O que falta é aumentar a amplitude desses programas de melhoramento. Não tem variedades tolerantes a geada, por exemplo. Eles precisam se atentar mais
às variedades que tolerem climas diferentes dos encontrados em SP. Parece que as instituições só dão atenção para esse estado", conta Soares, da Bunge.

"É importante que essas instituições entendam o contexto geral do cultivo de cana-de-açúcar e nos auxiliem a abordar de uma forma mais ampla a variedade em si. Não é só colher, pesar e medir. Além disso, a fitosanidade precisa ser melhor discutida", afirma Vinchi, da Raízen.

"Eu definiria isso em uma palavra: segurança", conta Pinheiro, da USJ.

Você acredita que as novas variedades produzem mais?

"Acreditamos que sim e apostamos nisso. Creio que com uma sensível diferença de produção", afirma Pinheiro, do Grupo USJ.

"Sim. Nós acreditamos em melhoramento genético de plantas. As novas variedades nos ajudarão a retomar o ritmo de crescimento de produtividade", afirma Vinchi, da Raízen.

"Precisamos acreditar mais nos resultados que as pesquisas mostram. Se optamos por plantar variedades mais velhas, iremos ter perdas significativas. Devemos, também, saber escolher as variedades para cada região", afirma Soares, da Bunge.

- Como retirar o máximo das variedades de cana considerando a logística de colheita

"Analisar a base de dados, onde os resultados colhidos darão um direcionamento forte sobre as variedades a ser utilizadas", afirma Vinchi, da Raízen.

"Trazer colmos no caminhão e não folhas", conta Pinheiro, do Grupo USJ.

Adriano Pinheiro, do Grupo USJ, fala do manejo varietal na empresa.

Segundo ele, o planejamento é de extrema importância para que um bom resultado seja obtido. "Algumas estratégias utilizadas para fazer esse planejamento são: os ambientes de produção (que, atualmente, são 5% de A, 49% de B, 23% de C, 16% de D e 8% de E), mapa de locação varietal e conhecimento das variedades.

O censo 2014/15 do grupo aponta que 23% das áreas possuem a RB867515, seguida das RB855453 SP803280 com 12% cada. Algumas variedades promissoras são as CTC25, CTC 20 e IACSP95-5000.

Filipe Arruda, da Raízen, conta que a estratégia do grupo é ter de 40% a 45% de variedades precoces por usina.

Com relação à gestão da maturação, ele conta que até o mês de julho de 2014 foram aplicados 81 mil hectares de maturadores. "Isso foi muito positivo".

Arruda conta como é o manejo varietal no grupo

Em 450 mil hectares de cana própria, a Raízen possui 16% de ambientes A, 13% de B, 17% de C, 29% de D e 25% de E.

Com relação às variedades, o Grupo utiliza a RB867515 em 26,79% da sua área de cana própria.