A área industrial sucroenergética na visão das mulheres
04-01-2018

VI Encontro Cana Substantivo Feminino - 16 de março de 2017 no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP. Inscrição grátis

Das 612 colaboradas do Grupo Guarani, 39,54% está na área industrial. Uma delas é Maureen Vaccari Grassi, gestora de empacotamento de açúcar da Unidade Cruz Alta. Natural de São José do Rio Preto, SP, ela é formada em engenharia de alimentos pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP): Campus de São José do Rio Preto.

Maureen iniciou sua trajetória no Grupo na área de Sistema de Gestão da Qualidade. “Após um ano e meio como trainee, fui efetivada na mesma área, ficando ali por mais dois anos e meio.” Já em janeiro de 2014, ela foi promovida para a área industrial a fim de trabalhar com foco na certificação de segurança de alimentos. “Nessa época, minha principal função foi ajudar na coordenação do projeto de implementação da FSSC 22000 no processo industrial, sistema de gestão de segurança dos alimentos utilizado em todos os países para garantir um produto com qualidade, seguro e livre de contaminações aos consumidores.”

Desta forma, durante seis meses, enquanto a área de sistema de gestão da qualidade dava suporte burocrático na obtenção da certificação, Maureen auxiliava na implementação prática na indústria, adequando os processos de acordo com os requisitos da norma de segurança dos alimentos. “O foco era garantir a ausência de contaminação nas etapas de produção do produto, por meio da elaboração de procedimentos, treinamentos, registros e adequação das instalações e dos equipamentos.” 

Após esse período, Maureen foi para a área de empacotamento de açúcar, sendo, atualmente, gestora. Hoje, nesse setor, trabalham cerca de 100 pessoas, sendo 12 mulheres. “A área de processo industrial é ainda muito masculina. Na gestão, por exemplo, sou a única mulher. As outras gestoras se encontram nas áreas administrativas e de suporte ao processo, como controle de qualidade e melhoria contínua. Já na operação em si, apenas no meu setor existem mulheres atuando”, afirma.

Segundo ela, isso ocorre, pois a área industrial possui muitas operações manuais, que demandam grandes esforços físicos. “Por isso, preferimos colocar as mulheres nas operações que já são semiautomatizadas.”

Maureen afirma que, desde o início, nunca encontrou empecilhos por ser uma mulher no segmento canavieiro. “Pelo contrário. Todos sempre me respeitaram. É claro que devemos ter postura adequada dentro da empresa, saber separar o lado profissional do pessoal, se comunicar corretamente com as pessoas, saber ouvir, demonstrar respeito e trabalhar de acordo com os objetivos da empresa, com foco em resultados. Fazendo isso, o tratamento recebido será o mesmo, independente do gênero.”

Histórias como a da Maureen serão retratadas no VI Encontro Cana Substantivo Feminino, que acontece em 16 de março de 2017 no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP.
Informações e Inscrições grátis antecipadas pelo site: www.canasubstantivofeminino.com.br

Fonte: CanaOnline