“A bioeletricidade ajudou a atenuar os prejuízos com etanol e açúcar”
06-05-2015

Essa é a opinião de Luiz Gustavo Junqueira Figueiredo, diretor comercial da Usina Alta Mogiana, situada em São Joaquim da Barra, SP. 

De acordo com ele, as usinas de açúcar e etanol, no geral, enxergaram como algo importante e estratégico para o negócio aumentar a participação da energia em seu portfólio. É o caso da Alta Mogiana, que comercializa entre 150 e 180 mil MW por ano, dependendo do nível da moagem. “Para isso, investimos muito em cogeração nos últimos anos”, diz.
A usina está iniciando neste ano experimentos com recolhimento de palha. “Vamos manter a palha no campo também, mas mesmo assim dá para se trazer muita palha.” Segundo ele, ainda é um experimento pequeno, e ainda não é possível prever o volume de palha que será levado para a indústria, nem mesmo o incremento de energia a ser obtido.
No entanto, ele pondera que a viabilidade econômica do recolhimento da palha para a cogeração é muito sensível ao preço da energia elétrica.
Mas a partir de que nível de remuneração seria hoje viável para as usinas começarem a pensar em investimento em bioeletricidade? “Acredito numa régua ao redor de R$ 200 por MW/h. Acima disso começa a viabilizar alguns investimentos de médio e longo prazo, mas não em grande escala ainda.”
Para aqueles grupos que já fizeram investimentos em cogeração, Luiz Gustavo afirma que a receita com bioeletricidade tem sido muito importante, frente às dificuldades financeiras enfrentadas pelo setor. “Não tenho dúvida que a bioeletricidade ajudou a atenuar os prejuízos com etanol e açúcar.”
Pena que não são todas as usinas que conseguiram investir na cogeração para aproveitar o retorno que a venda de energia tem propiciado.

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