A biomassa de cana-de-açúcar continuará sendo o principal vetor da bioenergia no Brasil
15-09-2014

Em 2050, segundo o estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a biomassa de cana-de-açúcar continuará sendo o principal vetor da bioenergia no Brasil. O aproveitamento da biomassa rural aumentará de 25% para 30% no final do período. Segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), atualmente a geração de energia a partir da biomassa no Brasil é equivalente a 8,67% do total, sendo que o bagaço de cana participa com 7%. A energia hidrelétrica lidera a matriz, com 63% do total.

O Brasil enfrenta, no entanto, dificuldades para ampliar sua rede de geração hidrelétrica, seja por pressões sociais e ambientais, ou mesmo pelo alto custo dos empreendimentos. Por conta disso, o equilíbrio energético do País depende cada vez mais de novos modelos e fontes de geração. A eólica tem crescido, mas ainda precisa de ajustes em relação a sistemas de transmissão. As termelétricas, que equilibram o sistema atualmente, são poluentes e caras. A biomassa está aí, com potencial comprovado, mas ainda enfrenta dificuldades para ampliação.
De acordo com o gerente em bioeletricidade da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Zilmar de Souza, a biomassa ainda aguarda uma política setorial dedicada, que reconheça os benefícios desta fonte energética e que seja capaz de estimular o aproveitamento efetivo de seu potencial. Na safra passada, as usinas do Estado de São Paulo ofertaram à rede de energia aproximadamente 24 kWh por tonelada de cana processada. O volume poderia ser maior, cerca de 100 kWh, caso fossem feitos investimentos em retrofit (modernização nas unidades já existentes).

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