A cana ajuda a renascer nascentes
27-03-2015

A agricultura passa a ter um papel fundamental nesse cenário de escassez hídrica, por isso, é necessário estabelecer programas rigorosos de gestão ambiental e de recursos hídricos. Porém, o mais importante é que o agricultor já sabe que uma propriedade rural só tem valor se tiver uma boa água e a forma de garantir isso é com a recuperação da mata ciliar ou com a regularização ambiental dela. 

Nos últimos 11 anos, a área com cana de açúcar no Brasil quase dobrou, e mais da metade dos 9,6 milhões de hectares estão no estado de São Paulo. Nunca se plantou tanta cana, mas também o setor nunca produziu tantas mudas de plantas nativas e semeou tantas florestas como nos últimos anos.
A recuperação de áreas verdesé uma das normativas do Protocolo Agroambiental assinado em 2007 pela Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) e da Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul), em parceria com as Secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura do Estado de São Paulo. A iniciativa tem o objetivo de desenvolver ações que estimulem a sustentabilidade da cadeia produtiva de açúcar, etanol verde e bioenergia. Trata-se de um acordo voluntário pioneiro, que conta com a adesão de mais de 170 unidades agroindustriais e 29 associações de fornecedores (que representam 5.997 fornecedores de cana signatários), que juntos respondem por mais de 90% da produção paulista.


Desde a assinatura do acordo, usinas e fornecedores de cana se comprometeram a proteger e recuperar 299.038 hectares de matas ciliares e mais de 9.300 áreas de nascentes. Destes números totais, as unidades agroindustriais assumiram recompor 233.046 hectares, e os fornecedores de cana, 65.992 hectares.
Segundo o Relatório de Sustentabilidade da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (2011-2014), o setor tem trabalhado para cumprir este compromisso. Até agora, mais de 10 milhões de mudas de árvores nativas foram plantadas na recuperação de mais de 6 mil hectares de matas, com investimentos que ultrapassam R$ 46 milhões. Cerca de 8 mil colaboradores estão diretamente envolvidos nas atividades de catação de sementes, tratos nos viveiros, plantio e cuidados na manutenção dessas áreas reflorestadas.
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