A cana e a água
24-03-2015

Como a agroindústria canavieira trata os recursos hídricos

Luciana Paiva e Leonardo Ruiz

O abastecimento de água nos últimos meses de 2014 na cidade paulista de Araras foi crítico, a falta de água levou ao racionamento, para cada 12h de fornecimento havia 36h sem água. A estiagem fez com que o nível das quatro represas do município baixasse tanto que foi preciso interromper a captação de água e buscou-se reforço no rio Mogi-Guaçu que também estava abaixo do nível.
Outra ajuda veio da Usina São João, que forneceu água para a cidade. A transposição da água de um lago da Usina, teve início em dezembro de 2014, e contribuiu para dar sobrevida ao reservatório municipal até a chegada das chuvas.“Por causa da seca, encerramos mais cedo a moagem de cana e a produção de açúcar e etanol. Na entressafra, nossa necessidade de água para os processos industriais é menor, e, por isso, pudemos colaborar com a cidade”, conta o diretoragrícola da usina, Humberto Carrara.
Carrara explica que a água saiu de uma das represas da usina por um sistema que combina dutos e canais em uma extensão total de 10 quilômetros, chegando a um córrego que deságua na represa Hermínio Ometto, que estava com apenas 10% da capacidade de funcionamento. O volume de água bombeada por hora chegou a 320 mil litros por hora. Os dutos pertencem à Usina São João, que normalmente os utiliza para irrigar seus canaviais, bem como a bomba empregada para fazer a água escoar.
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