A cana está entre as culturas que menos utilizam agroquímicos
29-03-2016

Não há notificação de impactos de agroquímicos na cultura canavieira

Leonardo Ruiz e Luciana Paiva

Embora a área agricultável brasileira tenha permanecido praticamente a mesma ao longo dos últimos dois anos, a venda de defensivos agrícolas em 2015, quando comparada a 2014, registrou forte queda, que beira 22%, segundo balanço disponibilizado pelo Sindiveg – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal.

Essa redução acabou, ainda, por puxar para baixo o mercado global, que caiu cerca de 9,8% no mesmo período. Após um período de crescimento de cinco anos, essa foi a primeira vez na década que esse mercado sofre com variação negativa de vendas.

De acordo com o Sindiveg, a desvalorização do Real, o contrabando, que atinge até 20% das vendas de defensivos agrícolas no Brasil, e a dificuldade de obtenção de linhas de crédito rural por parte dos agricultores, que afeta o fluxo de compra dos mesmos e leva ao aumento dos estoques da indústria e canais de distribuição, estão entre os motivos que levaram a esse cenário no Brasil. “A questão do crédito e a inadimplência no campo preocupa o setor significativamente. Por conta dessa condição, a indústria acaba financiando quase 70% das vendas aos agricultores”, afirma a vice-presidente executiva do Sindicato, Silvia Fagnani.

Do montante total de defensivos agrícolas vendidos no Brasil em 2015, a esmagadora maioria (52%) foi destinada a cultura da soja. Em segundo lugar vem a cana-de-açúcar e o milho, com 10% cada. Para se fazer uma comparação, em 2014, enquanto no Brasil a soja investiu 6,7 bilhões de dólares em defensivos, a cana gastou 1 bilhão de dólares.

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