A Copa dos impostos
04-08-2014

Ricardo Varrichio - diretor da PricewaterhouseCoopers – Brasil

Em tempos de Copa do Mundo e de previsões futuristas sobre quem será o grande vencedor, alguns estudos seriam capazes de revelar quem levantaria a taça de campeão em setores específicos essenciais ao desenvolvimento.
No campo dos tributos, a Copa das Copas poderia então ser denominada de “Copa dos impostos”, onde seria revelada nessa ficção a classificação das nações competidoras de acordo com o melhor desempenho fiscal dentre as economias que participarão do campeonato.
O estudo “Paying Taxes 2014 — The global Picture”, realizado pela PwC, Banco Mundial e IFC (InternationalFinance Corporation) investiga e compara os regimes fiscais de 189 economias mundiais e fornece um ranking das melhores e piores economias tributárias do mundo, levando-se em consideração três indicadores: o número de tributos; a quantidade de horas gastas para atendimento das obrigações acessórias; e o total da carga tributária.
A reprodução desse ranking no chaveamento da Copa do Mundo de 2014 traz uma alegoria em tempos de futebol que tem o objetivo de chamar a atenção para o severo regime tributário de muitos países e para a antiga discussão sobre a reforma tributária necessária para que seja estimulada a economia. O vencedor nas disputas do chaveamento é o que possuir melhor posição no ranking.
O resultado impressiona, mas infelizmente não surpreende. A seleção brasileira não passaria sequer da primeira fase do Mundial e seria derrotada pelas seleções da Croácia e México. Apenas ganharia o jogo contra Camarões, que ocupa a 180ª posição dentre as 189 economias mundiais estudadas.

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