A família das cigarrinhas pode ter aumentado
16-07-2014

Luciana Paiva

“Áreas de cana com difícil controle da cigarrinha, mesmo com manejo adequado, podem estar sendo atacadas por uma nova espécie ou outra variedade da praga”, salientou o pesquisador Newton Macedo durante a 9ª edição do INSECTSHOW – Seminário sobre Controle de Pragas da Cana – realizado pelo Grupo IDEA em julho de 2013 em Ribeirão Preto.
Em sua palestra, Macedo explicou que, principalmente a cigarrinha-da-raizgera perdas consideráveis em áreas de cana crua, tanto na produtividade agrícola, como na redução de açúcar ao sugarem a seiva e injetarem toxinas, ocasionando desordem fisiológica. Essas injúrias provocam a morte de perfilhos, encurtamento, rachadura, brotações laterais e murchamento dos colmos, que provocam redução na quantidade e qualidade do açúcar recuperável e aumento no teor de fibras. Essas perdas podem provocar reduções de produtividade que variam de 25% a 60% na cana soca, e chegam a 11% na cana planta.
Na ocasião, Macedo levantou que um novo fator pode estar comprometendo a performance dos produtos do controle da praga em algumas áreas: “talvez esteja ocorrendo uma variabilidade dentro da espécie, pois foi encontrado, o que parece ser um outro tipo de cigarrinha, não a da raiz e nem a da folha”, disse e complementou. “Mas como essa identificação precisa ser estuda em laboratório, ainda não é possível dizer se a família aumentou, se as áreas podem estar sendo atacadas por uma nova espécie ou outra variedade da praga.”
Os pesquisadores reforçaram as pesquisas para saber se há uma nova espécie de cigarrinha, entre eles está Leila Dinardo-Miranda, pesquisadora do IAC, que participará do 10º INSECTSHOW com a palestraCigarrinhas das raízes: novas espécies e manejo.O Seminário acontece em 23 e 24 de julho em Ribeirão Preto.

Mais informações e inscrições: http://www.ideaonline.com.br/evento-sobre/10-insectshow