A safra 2014/15 e as atuais oportunidades de captação de recursos
07-05-2014

A produção de bioeletricidade ganha maior destaque, sendo vista como uma fonte importante de geração de energia limpa e renovável


Lara Moraes e Luiz Felipe Passos Fleury


A safra 2014/15 de cana-de-açúcar foi iniciada oficialmente no mês de abril. Nesse momento, as discussões relacionadas ao setor sucroenergético estão voltadas para as perspectivas dessa nova temporada. Muitos assuntos estão em evidência, mas especial atenção está sendo dada para o debate sobre os questionamentos e incertezas do desempenho das usinas. Para abordar esse tema, é interessante analisar os três grandes mercados de atuação das usinas: açúcar, etanol e bioeletricidade e identificar quais são as principais discussões em cada um deles. Assim, nos parágrafos que se seguem são levantados importantes fatores de competitividade nesses três mercados e os impactos para a safra 2014/15.

Açúcar
O Brasil por ser o maior produtor e exportador mundial de açúcar influencia de forma significativa os preços internacionais. No começo do ano, a estiagem climática que atingiu grande parte das regiões brasileiras afetou os canaviais e reduziu as previsões de produção de cana-de-açúcar para a safra 2014/15. Segundo a Datagro, a região Centro-Sul que responde por 90% da produção de cana no Brasil deve atingir 575 milhões de toneladas, uma queda de 4% em relação à safra passada. A previsão de uma menor oferta de cana impactou de forma imediata os preços no mercado mundial que registraram uma tendência altista.

Tudo indica que o açúcar será mais remunerador na safra 2014/15 e, portanto, o mix de produção das usinas deve ser mais açucareiro do que alcooleiro. Por ser uma importante fonte de renda para as usinas, a produção de açúcar deve aumentar, registrando um volume superior à safra 2013/14.

Veja matéria na íntegra na coluna Tendências na edição 9 da Revista digital CanaOnline.