“A usina que produz só álcool está tendo menos dificuldade do que aquela que tem os dois produtos”
19-08-2015

Para o empresário Toninho Tonielo, os avanços obtidos pelo setor sucroenergético no início de 2015 foram importantes, como o retorno da CIDE e o aumento da mistura do anidro na gasolina de 25% para 27%. Apesar de que, na opinião dele, a atividade necessite de um apoio maior, uma vez que foram anos seguidos convivendo com uma remuneração com o etanol reprimida por uma política de preços artificiais da gasolina. Por outro lado, o açúcar, que no início deste período de crise “salvou” as contas das usinas, já há algum tempo tem amargado preços muito baixos.
Embora as medidas adotadas pelo governo federal e por alguns estados – no caso Minas Gerais reduziu o ICMS sobre o biocombustível - no início desse ano tenham trazido um alívio ao etanol, com aumento da demanda, a situação difícil do setor está longe de passar. “As usinas que produzem etanol e açúcar estão preparadas, a princípio, a fabricar 60% de açúcar e 40% de etanol. A usina que tem só álcool está tendo menos dificuldade do que aquelas que têm os dois produtos”, frisa Tonielo.
Segundo ele, as empresas que fazem apenas etanol estão trabalhando, em tese, com mais segurança do que as que produzem os dois produtos, uma vez que o custo do açúcar é bem mais caro. “Comparando açúcar versus álcool, o álcool está ganhando. Mas nem toda usina pode fazer só etanol, precisa fazer os dois produtos”, pontua.

Veja mais notícias na Revista CanaOnline, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br.