Açúcar: revisão de aumento do déficit em 2019/20, para 5,2 mi de toneladas
13-09-2019

O Rabobank ampliou hoje a projeção de déficit para a safra global de açúcar 2019/2020, de outubro deste ano a setembro de 2020. Segundo relatório da instituição financeira, o saldo entre oferta e demanda será negativo em 5,2 milhões de toneladas, ante 4,2 milhões de toneladas de déficit da previsão anterior, divulgada em junho.

O documento, com análise do terceiro trimestre deste ano, aponta a redução na oferta de Índia e da União Europeia como as causas para o aumento do saldo negativo no período. Para atual safra, que termina oficialmente no próximo dia 30, o Rabobank aponta um pequeno superávit de 300 mil toneladas.

No entanto, segundo o Rabobank, o início da safra 2019/2020 será marcado pelos estoques elevados, volume a ser reduzido gradualmente nos 12 meses seguintes com a consolidação do déficit global e a menor oferta de açúcar novo. A instituição financeira aponta também que muita coisa pode mudar, já que as safras de cana-de-açúcar de Índia e Tailândia não começaram, os fundos continuam com grande posição líquida vendida na ICE Futures US, dólar e petróleo seguem voláteis.

Mesmo com a previsão de reversão no quadro de oferta e demanda global, o banco cita os preços deprimidos dos futuros do açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), cujo primeiro vencimento, outubro/19, luta para permanecer acima de 11 centavos de dólar por libra-peso, suporte perdido esta semana. Já o vencimento seguinte, março de 2020, cai abaixo dos 12 cents. “Grandes entregas (na ICE Futures US) nos vencimentos recentes de contratos sublinharam que a disponibilidade de exportação permanece abundante, contra importações anêmicas”, alertou.

Produção

Maior produtor mundial nas duas últimas safras, a Índia deve ofertar 30,8 milhões de toneladas em 2019/2020, segundo o Rabobank, 1 milhão de toneladas a menos que a estimativa anterior, de junho, e 4,2 milhões a menos que as 35 milhões de toneladas na atual safra. A produção tailandesa deve recuar de 15,4 milhões para 13,4 milhões de toneladas e a oferta de açúcar da União Europeia deve cair 18 milhões para 17,5 milhões de toneladas entre 2018/2019 e 2019/2020.

 

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