Afetada por problemas climáticos, safra de cana é menor no Paraná
15-07-2019

Períodos de prolongada estiagem no ano passado, no Paraná, prejudicaram sensivelmente o desenvolvimento das lavouras de cana-de-açúcar e os reflexos estão sendo sentidos agora, na colheita da safra 2019/20, que começou em abril e vai até dezembro.

Diminuiu - Ao emitir na terça-feira (09/11) seu informativo quinzenal de acompanhamento da safra, a Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar) divulgou a nova estimativa de produção, de 34,135 milhões de toneladas, exatamente 900 mil a menos em relação às 34,935 milhões de t mencionadas no boletim anterior.

Perda - Comparando com a produção do ano passado, que foi de 36,762 milhões de t, a queda é de 2,627 milhões de t. É como se uma área correspondente a 38,6 mil campos de futebol, cultivados com canaviais, simplesmente deixasse de existir.

Colheita - De acordo com a entidade, que congrega 20 unidades processadoras no Estado, 12,988 milhões de t da matéria-prima já estariam colhidas até o começo de julho, o que corresponde a 38% do total previsto para o ano 2019/20.

Déficit hídrico e calor - O presidente da entidade, Miguel Rubens Tranin, explica que foram dois longos períodos de déficit hídrico em 2018 e, não bastasse, somaram-se a isso altas temperaturas no final do ano e início de 2019. O novo ciclo começou sem que os canaviais apresentassem o crescimento esperado, havendo também queda de produtividade. São 550 mil hectares plantados no Estado, com média de 68 toneladas por hectare.

Açúcar e etanol - Diante da menor oferta de matéria-prima, as usinas adotaram a estratégia de reduzir a produção de etanol, de 1,572 bilhão de litros na safra anterior, para 1,409 bilhão na atual temporada, priorizando o açúcar, para o cumprimento de contratos de exportação. O volume de açúcar deve totalizar 2,193 milhões de t, pouco acima das 2,094 milhões de t registradas do período 2018/19.

 

 Fonte: Assessoria de Imprensa da Alcopar - retirado do site Paraná Cooperativo