“Anúncio que o BNDES dará prioridade à energia renovável, é animador”, diz Rui Chammas, CEO da Biosev
10-10-2016

Banco vai manter em até 80% sua participação em projetos de eficiência energética e extinguirá apoio a térmicas a carvão e óleo

 As novas condições de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor de energia elétrica vão manter em até 80% sua participação em projetos de eficiência energética e define o mesmo nível de participação para projetos de iluminação pública eficientes.

As alterações visam contribuir para a ampliação de fontes de energias alternativas na matriz elétrica brasileira e direcionar investimentos em TJPL para projetos com alto retorno social e ambiental. As novas condições passam a valer para os próximos leilões, que ocorrem em outubro e dezembro deste ano.

Segundo a instituição, não haverá apoio a investimentos em termelétricas a carvão e óleo combustível, usinas com maior emissão de poluentes. O banco manteve elevada sua participação (em até 70% em TJLP) nas demais energias alternativas: eólica, PCHs, biomassa e cogeração. Já a energia solar passou para 80%. O BNDES também diminuiu sua participação para até 50%, em TJLP, em investimentos em grandes hidrelétricas (era até 70%).

As condições gerais para todos os segmentos do setor de energia incluem a possibilidade de o BNDES subscrever até 50% do valor das debêntures a serem emitidas pela empresa tomadora do crédito; Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) mínimo de 1,3 para geração de energia e 1,5 para transmissão; e a exigência de participação mínima de 20% de recursos próprios do investidor.

O valor total do apoio do BNDES, incluindo o financiamento e as debêntures, não poderá ser superior a 80% do valor total dos itens financiáveis. O spread (diferença do que o banco paga ao captar recursos e o que ele cobra de empréstimos) será de 1,5% para todos os segmentos e não haverá a concessão de empréstimos emergenciais (também conhecidos como “empréstimos-ponte”).

Para Rui Chammas, CEO da Biosev, segunda maior processadora global de cana-de-açúcar, e que conta com 1.346 GWh/ano de energia elétrica excedente, geradas a partir da biomassa de cana e outras biomassas, a prioridade do BNDES à energia renovável anima o setor, pois é um estímulo a investimentos na área de produção de energia com a biomassa da cana.

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