Apesar da crise, safra 2014/15 em Alagoas deve crescer 5%
23-01-2015

A safra 2014/15 de cana-de-açúcar em Alagoas deve se encerrar apenas no final de março. Diferente do Sudeste do país, os produtores alagoanos de cana estão bastante satisfeitos com o clima no ciclo que está chegando ao fim. “Houve uma melhor distribuição das chuvas no Estado”, relata Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar-AL).

A estimativa é de crescimento da moagem de cana-de-açúcar na ordem de 5%. “A safra atual (2014/15) ainda está em andamento. Ao final, estimamos uma moagem de 23 milhões de t de cana com uma produção de 2 milhões de t de açúcar e 550 mil m³ de etanol, e um ATR médio em torno de 130 kg/tc.”

Para Robério, a volta do regime normal de chuvas na área canavieira e o início da retomada dos níveis históricos de produção de cana são boas notícias que contrastam com o momento difícil enfrentado pelo setor em Alagoas. “Na safra que está chegando ao fim, inexistiram pontos positivos que mereçam destaque, face à crise que envolve o setor sucroenergético alagoano, de igual modo o Nordestino em geral, e também o Centro-Sul, em decorrência da política energética adotada pelo país nos últimos anos.”

Em Alagoas, quatro unidades industriais paralisaram suas atividades e uma quinta até o momento não teve condições de entrar em operação na safra 2014/15.
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DESAFIOS - Para ficar menos dependente do bom humor do clima, Alagoas precisa intensificar a área irrigada para estabilizar a oferta de cana. “Outro desafio do setor no estado é a implantação de mecanismos fiscais que asssegurem a competitividade do etanol com a gasolina e com a produção em estados vizinhos, fortemente incentivados pelas políticas estaduais de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”, pontua Robério.

E o futuro? Mantendo-se a regularidade climática e adotadas de imediato as políticas governamentais de retomada da rentabilidade do setor, Robério acredita na continuidade do processo de recuperação da produção de cana aos níveis históricos médios de produção em Alagoas, na casa das 27 milhões de toneladas por safra.


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