Areia de Cinza do Bagaço de Cana pode reduzir assoreamento dos rios
07-03-2017

Balsa retirando areia do rio
Balsa retirando areia do rio

Atualmente, são retiradas entre 100 e 200 milhões de toneladas de areia dos rios para a construção civil

Entre as linhas de pesquisa para encontrar novos usos para a biomassa da cana-de-açúcar, está uma que pode diminuir o impacto do setor da construção civil no meio ambiente, visto que a extração da areia natural pode levar ao assoreamento dos rios, a UFSCar pesquisa o uso da fibra canavieira como fonte primária desde 2008. Estudos semelhantes ocorrem em outras partes do mundo, porém, sem o pioneirismo do trabalho brasileiro, que explora uma matéria-prima sustentável e largamente disponível no País.

O pesquisador da UFSCar, Fernando do Couto Rosa Almeida, explica as vantagens do novo produto, tecnicamente chamado de Areia de Cinza do Bagaço de Cana (ACBC). “A substituição da areia natural pela ACBC em até 30% leva à manutenção das propriedades mecânicas, preenchimento dos microporos e aumento da durabilidade de concretos e argamassas”, diz Almeida.

Ele estima que, atualmente, são retiradas entre 100 e 200 milhões de toneladas de areia dos rios para a construção civil. “ACBC poderia substituir cerca de 4 a 5 milhões de toneladas, ou seja, em torno de 3 a 5% do volume total. Parece pouco, mas em termos ambientais teríamos, em 25 anos, economizado um ano de extração de areia natural”, finaliza. Nos próximos dois anos, mais testes serão realizados no intuito de se verificar a possibilidade de aplicações em estruturas de concreto armado, que utilizam aço em sua composição.

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