As mulheres conquistam cava vez mais espaço na Biosev
04-01-2018

Elas já provaram seu valor na segunda maior processadora global de cana-de-açúcar

 

Leonardo Ruiz

Carina Daniela Alves da Silva, colaboradora da Unidade Santa Elisa, da Biosev, localizada em Sertãozinho, SP, trabalha numa pequena sala, reservada para a área de controle de manutenção agrícola, chamada pelos funcionários da Usina de “99”, embora ninguém pareça ao certo saber o motivo deste nome.

Na sala “99”, trabalham seis pessoas, divididos entre três turnos, sendo que Carina é a única mulher. Aliás, ela não é apenas a única mulher presente nessa área. Mas a primeira desde que a usina foi aberta.

A contratação de uma mulher não foi uma surpresa. Ao menos não para os gestores, que abriram o processo seletivo apenas para o sexo feminino, já que gostariam de testar como seria a presença feminina naquela área. Mas, muitos funcionários não viram essa contratação com bons olhos.

“Já ouvi diversos comentários machistas, como: ‘não dou um mês para você ficar aí’, ‘você não vai aguentar’ e ‘se fosse minha mulher, eu não deixaria trabalhar com esse monte de homens’. Até mesmo meu marido, que é líder de frente de herbicida, ficou receoso, falando para eu tomar cuidado, porque a 99 era ‘bucha’”.

Ela conta, ainda, que, nas primeiras semanas, caso esquecesse algo em cima de sua mesa, seus colegas de trabalho jogavam fora. “Um dia cheguei para trabalhar e vi que um dos meus enfeites de mesa havia sumido. Quando perguntei, me falaram que tinham-no colocado no lixo, pois ali não era lugar daquilo.”

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Fonte: CanaOnline