As mulheres também entendem de muda pré-brotada (MPB)
04-01-2018

VI Encontro Cana Substantivo Feminino, 16 de março em Ribeirão Preto, SP. Inscrições antecipadas grátis pelo site: www.canaubstantivofeminino.com.br

Não dá para negar que, cada vez mais, o setor sucroenergético se rende à tecnologia de muda de cana pré-brotada (MPB), sistema que pretende aumentar a eficiência e os ganhos econômicos na implantação de viveiros, replantio de áreas comerciais e, possivelmente, renovação e expansão de áreas de cana-de-açúcar.

No plantio convencional, abre-se o sulco e coloca-se o colmo-semente dentro. Já a tecnologia do MPB, no lugar dos colmos entram as mudas pré-brotadas, que são produzidas a partir de cortes de canas, chamados minirrebolos, onde estão as gemas. Esses minirebolos, passam por uma seleção visual e são tratados com fungicida. São colocados em caixas de brotação, com temperatura e umidade controlada, e, ao final, inseridas em tubetes que passam por duas fases de aclimatação. Resultando em mudas com alta sanidade, livre de pragas e doenças.

Trata-se de um novo conceito no método de multiplicação, reduzindo volume e levando para o campo, efetivamente, uma planta. Uma tecnologia que contribui para a produção rápida de mudas (o que facilita a adoção de novas variedades mais produtivas), associando elevado padrão de fitossanidade, vigor e uniformidade de plantio, resultando em maior produtividade e longevidade do canavial.

Outro grande benefício está na redução da quantidade de mudas que vai a campo. Para o plantio de um hectare de cana, o consumo de mudas cai de 18 a 20 toneladas por hectare, no plantio convencional, para duas toneladas no MPB. Isso significa que 18 toneladas que seriam enterradas como mudas irão para a indústria produzir álcool e açúcar.

Empresas como BASF e Syngenta disponibilizam mudas sadias ao mercado, mas muitos produtores e usinas também passaram a produzir MPB, uma delas é a Abengoa Bioenergia, em Pirassununga, SP. Luzinete Rodrigues de Souza é a coordenadora da área de produção de MPB da Abengoa, cursando o último ano de Agronomia, ela está há seis anos na empresa, antes trabalhava em uma oficina em sua cidade natal, Santa Cruz das Palmeiras.

Hoje, Luzinete vive dois de seus sonhos: trabalhar com cana-de-açúcar e ser engenheira agrônoma. Sobre a MPB, afirma ser realmente tudo o que dizem. Mas para isso, é fundamental fazer a coisa certa. “Produzir MPB precisa ser de forma correta, o objetivo não é só obter mudas de forma mais rápida, mas principalmente produzir mudas de alta sanidade. Se for produzida sem os cuidados necessários, será um grande multiplicador de pragas e doenças’, alerta.

O trabalho das mulheres no setor sucroenergético, como o caso da Luzinete, será destaque no VI Encontro Cana Substantivo Feminino que acontece em 16 de março no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP. Inscrições antecipadas grátis pelo site: www.canasubstantivofeminino.com.br

Fonte: CanaOnline