Atvos desenvolve diretrizes e planos de ação para aumentar a equidade de gênero
18-03-2020

 Atualmente, a companhia conta com cerca de 1.400 mulheres em seu quadro de funcionários. Foto crédito: @cauediniz
Atualmente, a companhia conta com cerca de 1.400 mulheres em seu quadro de funcionários. Foto crédito: @cauediniz

Atualmente, 14% do quadro de funcionários do Grupo é composto por mulheres

Leonardo Ruiz 

Fotos: Divulgação Atvos

Segunda maior produtora de etanol do país, com nove unidades instaladas em quatro estados, a Atvos detém uma das maiores taxas de profissionais do sexo feminino do setor sucroenergético. Atualmente, a companhia conta com cerca de 1.400 mulheres em seu quadro de funcionários, o que representa aproximadamente 14% do total. Segundo a empresa, este percentual tem se mantido nas últimas safras.

As áreas de maior presença feminina são Saúde, Segurança e Meio Ambiente (45%) e Administração (44%). Na outra ponta, se encontra a manutenção, com apenas 4% de mulheres atuantes. Para a diretora de pessoas da Atvos, Ludmila Lavigne, a baixa atuação feminina nesta área seria resultado de um conjunto de fatores, entre eles o fato de ser uma atividade especializada que exige um tempo maior de qualificação, além de ser historicamente exercida em sua maioria por homens.

Ludmila afirma que a companhia possui planos de ação em andamento visando ampliar a participação feminina em todas as áreas e níveis corporativos. Uma delas é a criação de uma política especifica sobre diversidade, que deverá ser aprovada até o final da safra. Outras três importantes ações foram a realização de um profundo e amplo diagnóstico sobre equidade de gênero, a aplicação do questionário do Instituto Ethos e a adesão aos Princípios do Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres e do Pacto Global.

Ludmila afirma que a companhia possui planos de ação em andamento visando ampliar a participação feminina em todas as áreas e níveis corporativos

“Com os resultados em mãos, elegemos três frentes a serem trabalhadas: estabelecer uma liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero; garantir a saúde e segurança e o bem-estar de todos os trabalhadores e trabalhadoras e promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres.”

Cursos de qualificação visando aumentar a inserção das mulheres nas atividades mais operacionais também são frequentemente conduzidos pela companhia. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, está em andamento um curso gratuito específico para formar 25 operadoras de máquinas agrícolas. O curso excedeu as expectativas, recebendo mais de 60 inscrições.

A diretora de pessoas da Atvos revela também a existência de um programa para ampliar a participação feminina em posições de liderança. Hoje, apenas 15% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. “O primeiro passo foi mapear potenciais líderes. Na sequência, foi estruturado um programa de sucessão para acelerar a preparação dessas profissionais, o que inclui mentoria, treinamentos e capacitação em conhecimentos específicos.”

Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, está em andamento um curso gratuito específico para formar 25 operadoras de máquinas agrícolas

Mas não basta apenas ampliar a presença feminina. Algo também deve ser feito para reter essa força de trabalho. “Nesta frente, trabalhamos constantemente buscando favorecer a permanência das mulheres na companhia, em especial para aquelas que retornam de licença maternidade. Além disso, todos os funcionários, independente do gênero, têm acompanhamento de carreira, com identificação de oportunidades de desenvolvimento profissional e avaliação de desempenho a cada safra.”

A Atvos afirma, ainda, ser parte de sua cultura empresarial promover um ambiente que proporcione equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Cabe, não só à área de pessoas, mas principalmente aos líderes, realizar diálogos contínuos com as equipes para garantir que este balanço exista. “Em atenção especial às mulheres em retorno após a licença maternidade, estamos estruturando um Comitê Interno de Saúde para acompanhamento das gestantes com workshops e estrutura adequada para apoiar o aleitamento materno”, relata Ludmila.

Externamente, foram realizados em 2019 diversos encontros regionais, onde homens e mulheres puderam dialogar sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho. “Houve uma enorme receptividade, com cerca de 1.500 pessoas participando das atividades. Isso comprova que há interesse e disposição para tratarmos do assunto em conjunto com a sociedade.”

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