Audiência termina sem acordo, mas Raízen vai analisar proposta feita por sindicato
08-12-2017

Empresa demitiu 250 funcionários da usina Tamoio, em Araraquara (SP), no mês de novembro. MPT alegou que não houve negociação prévia.

Após a demissão de 250 funcionários da usina Tamoio, representantes da Raízen e do sindicato dos trabalhadores de Araraquara (SP) participaram de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, nesta quarta-feira (6).

Não houve acordo, mas uma proposta do sindicato vai ser analisada pela empresa até o dia 19 deste mês.
Além da reintegração dos demitidos, o sindicato propôs que o acerto tenha o pagamento de um salário para cada dois anos e meio trabalhados em vez de um salário para cada 5 anos.
Também pede que benefícios sejam reajustados em 100%. Uma nova reunião no TRT deve acontecer, mas a data ainda não foi divulgada.

Entenda o caso
Os trabalhadores da usina foram demitidos no dia 13 de novembro, em Araraquara (SP), um dia útil após a entrada em vigor da reforma trabalhista. O Ministério Público do Trabalho (MPT) fez o pedido para a anulação das demissões alegando que não houve negociação prévia com os sindicatos.
Dias depois, a liminar da 2ª Vara do Trabalho de Araraquara obrigou a Raízen a reintegrar os empregados em até 5 dias após a notificação, com a continuidade do pagamento de salários até a conclusão da negociação coletiva com as entidades, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por trabalhador atingido.

Na ocasião, a empresa informou que iria recorrer e que todos os direitos trabalhistas foram cumpridos, sendo oferecidos inclusive benefícios que vão além do que prevê a legislação, como pacote de benefícios e extensão dos planos de saúde.
A Raízen conseguiu derrubar parte da liminar da Justiça, mas agora discutirá as demissões em audiências