Aumento da gasolina já chegou na bomba e motorista diz que "come ou abastece"
05-03-2021

Anunciada como promoção, valor da gasolina a R$ 5,59 o litro é só para quem for pagar no dinheiro ou cartão de débito. (Foto: Paulo Francis) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Anunciada como promoção, valor da gasolina a R$ 5,59 o litro é só para quem for pagar no dinheiro ou cartão de débito. (Foto: Paulo Francis) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Governo anunciou 5º reajuste da gasolina do ano na última segunda-feira (1º), impacto já foi sentido no bolso

Por Paula Maciulevicius Brasil e Mariana Rodrigues

Anunciada como promoção, valor da gasolina a R$ 5,59 o litro é só para quem for pagar no dinheiro ou cartão de débito. (Foto: Paulo Francis)

A vontade é de chorar quando o placar anuncia a gasolina em "promoção" sendo vendida a R$ 5,59. No posto de combustível da Avenida Marechal Deodoro, saída para Sidrolândia, é este o valor do litro da gasolina para quem paga à vista depois do último aumento anunciado na segunda-feira (1º). Já quem for pagar no cartão de crédito, o preço sobe para R$ 5,74.

Chefe de pista no posto,  José Cleber Trindade, de 41 anos, explica antes a gasolina estava a R$ 5,39 e que o preço deve se manter R$ 0,20 a mais se não houver novo reajuste na refinaria.

Chefe de pista no posto, José Cláudio tem visto motoristas quase chorarem na hora de abastecer. (Foto: Paulo Francis)

Na tentativa dos motoristas de ver render mais o valor abastecido, o etanol vem ganhando preferência, e por consequência, também sofreu reajuste. "Foi por conta da grande procura, o etanol estava antes R$ 3,89 e subiu também para R$ 4,19", diz.

Apesar de informar aos motoristas que não está compensando abastecer no álcool, José Cleber tem visto o pessoal escolher mesmo pelo etanol. Para saber se compensa ou não, o etanol precisa custar até 70% do preço da gasolina. "Hoje a diferença entre um e outro dá 74. Para ser benéfico tem que ser menor do que 70%", explica o chefe.

Motociclista, Odácio trabalha entregando galões de água e hoje vê que precisa abastecer os mesmos R$ 20,00 duas vezes para dar conta da rotina. (Foto: Paulo Francis)

Comerciante, Odácio Borges, de 53 anos, trabalha de moto na entrega de galões de água. "Está cada vez mais difícil abastecer. Todo dia tem um preço novo. Antes eu conseguia abastecer R$ 20,00 e rodar o dia todo. Agora preciso abastecer duas vezes", conta.

CAMPO GRANDE NEWS