Aumento de biodiesel e etanol em combustíveis anima indústrias em MT
30-09-2014

O aumento no percentual de mistura do etanol à gasolina (de 25% para 27,5%) e do biodiesel ao óleo diesel (para 6%) animou os setores produtores dos biocombustíveis em Mato Grosso. As adições que serão praticadas constam em lei sancionada pelo governo e publicada na edição do Diário Oficial da União do último dia 25.

Na avaliação do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT), o setor no estado tem condições de atender a demanda. Mas de acordo com o diretor-executivo, Jorge dos Santos, a conjuntura atual não é confortável no país, visto que a produção reduziu em função da seca no principal centro produtor. Apenas São Paulo produziu 18% a menos de etanol.

"Mato Grosso tem um superávit na produção e nós teríamos condições de atender o mercado interno. Porém, nesta entressafra os produtores de etanol no Brasil não têm capacidade de atender essa demanda. Sabendo disso, para a próxima safra estaríamos bem preparados", avaliou Jorge dos Santos.

Pelas contas do Sindalcool, o novo percentual de mistura do biocombustível à gasolina faria o consumo mato-grossense de etanol crescer de 600 milhões de litros por ano (valor atual) para 615 milhões de litros no intervalo de 12 meses.

Para que o biocombustível produzido em Mato Grosso chegue aos centros consumidores de forma competitiva, as indústrias pedem ao governo o retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), para equalizar a distribuição do etanol aos estados dependentes da produção de Mato Grosso.

O governo já acenou positivamente com este amparo que garante o pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo, segundo o Sindalcool.


Biodiesel

Já para o biodiesel o percentual de adição ao óleo diesel chegará a 7% a partir de 1º de novembro. O Sindicato das Indústrias de Biodiesel no Estado de Mato Grosso (SindiBio-MT) comemora esta conquista e diz que o incremento já era uma reivindicação do setor.
"Estamos conquistando o nosso espaço, porém ainda tem muito para se fazer. Isso não vai sanar todos nossos problemas", afirmou Alexandre Golemo, diretor-executivo do SindiBio-MT.

O SindiBio aguarda o leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para tentar um preço melhor para o produto. Isto porque ao ser destinado exclusivamente para a mistura ao óleo diesel, há uma dificuldade em conseguir bons preços com a indústria, conforme os produtores.