Avanço da tecnologia canavieira aumentará produtividade e reduzirá emissão de carbono
26-11-2021

De acordo com CTC, tecnologias disponíveis têm potencial para reduzir a área de cultivo em 30 milhões de hectares e economizar 345 milhões de litros d'água em irrigação, volume semelhante ao consumo anual da cidade do Rio de Janeiro

A população global está crescendo e o mundo precisará cada vez mais de alimento natural e energia renovável. Neste cenário, a cana-de-açúcar tem soluções efetivas para atender esta demanda, principalmente ao avaliar o potencial de desenvolvimento tecnológico do setor que permitirá ampliar a oferta de açúcar, etanol e energia elétrica sem precisar competir com outros espaços.

Em entrevista ao Copercast, Sergio Mattar, diretor de planejamento estratégico do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), maior centro de tecnologia de cana-de-açúcar do mundo e que conta com a participação da Copersucar, falou sobre a expectativa do aumento de produtividade da cana-de-açúcar para os próximos anos.

De acordo com Mattar, o aprimoramento dos programas de melhoramento genético, a adoção da biotecnologia, as novas tecnologias de cultivo na área de plantio, de colheita e de tratos culturais e outras que estão próximas de serem implementadas, como a edição genômica, proporcionarão uma oferta significativamente maior por área plantada para atender as demandas da sociedade.

Entre as novidades mencionadas estão a variedade com tolerância ao Herbicida Glifosato e o lançamento da espécie que terá a resistência da broca da cana e a tolerância ao herbicida em uma única planta, além da opção com resistência ao bicudo da cana-de-açúcar.

"Claro que tudo isso não faz sentido se não estiver atrelado à melhor produtividade. E neste caso, estamos falando de uma nova geração de variedade de cana-de-açúcar com uma produtividade em termos de toneladas de açúcar por hectare muito diferente do que a gente vê hoje", comentou o executivo na entrevista.

Em alguns anos, deve acontecer o lançamento da semente de cana engenheirado ou semente de cana artificial, que está em desenvolvimento no CTC. Ela permitirá um custo de plantio menor e, até mesmo, a redução do ciclo da cultura da cana em um ou dois anos. A edição genômica é outra inovação que permitirá a identificação e eliminação de algum tipo de comportamento indesejado.

O desenvolvimento destas tecnologias pelo CTC levará ao uso bem menor dos recursos naturais e com significativa redução da pegada de carbono. Estima-se que nos próximos 5 anos haja uma redução acumulada da área de cultivo de aproximadamente 30 milhões de hectares, o que representaria 345 milhões de litros de água economizados em irrigação, volume equivalente ao consumo anual de uma cidade como o Rio de Janeiro. "Mais tecnologia no campo é igual a maior produtividade que é igual à redução da pegada de carbono", ressaltou Mattar.

Para conferir a entrevista completa do Sergio Mattar, diretor de planejamento estratégico do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), basta acessar a plataforma de áudio da Copersucar no Spotify ou no Google Podcasts . A entrevista publicada está disponível para os ouvintes escutarem quando e onde quiserem. O CoperCast, canal de comunicação da Copersucar, traz especialistas para discutir os assuntos com embasamento acadêmico, em episódios breves e de fácil entendimento para todos.

Sobre a Copersucar

A Copersucar S.A. é uma plataforma global integrada, líder e referência mundial na comercialização de açúcar e etanol. Seu modelo de negócio, considerado único, combina a oferta em larga escala de produtos de alta qualidade com uma plataforma integrada de logística, transporte, armazenamento e comercialização, no Brasil e no mercado internacional.

Focada em sustentabilidade, é neutra em carbono e positiva para o clima. Desde 2008, evitou mais de 70 milhões toneladas de CO2eq do meio ambiente com suas operações, volume equivalente a 500 milhões de árvores pelo período de 20 anos.

Na safra 2020/2021, apresentou faturamento líquido recorde de R$ 38,7 milhões e triplicou seu lucro líquido para R$ 375 milhões, comercializou mais de 11,1 bilhões de litros de etanol e 5,4 milhões de toneladas de açúcar, levando energia e alimento sustentável para o país e o mundo.

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