Bariri participa de manifestação em defesa da competitividade do etanol
25-04-2014

Uma manifestação pacífica organizada pelas associações de fornecedores de cana de Jaú (Associcana), Lençóis Paulista (Ascana), Bariri (Assobari) e Barra Bonita (Afibb) reuniu cerca de três mil pessoas entre autoridades e representantes de vários segmentos ligados ao setor sucroenergético na manhã desta quinta-feira, dia 24, em Jaú.

O Movimento em Prol do Setor Sucroenergético contou com a participação de 14 cidades que realizaram manifestações locais e, às 10 horas, se reuniram em terreno próximo ao trevo de Jaú. O deputado federal, Arnaldo Jardim, presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol), e o deputado estadual, Pedro Tobias, estiveram presentes.

Bariri esteve representada pela prefeita Deo Marino, fornecedores e integrantes das associações Assobari e Associcana, e colaboradores da Della Coletta Bioenergia, que apoiou o evento. Eles se reuniram por volta das 8 horas na Praça da Matriz, onde foram expostas várias faixas com frases em favor do etanol, como “Etanol: mais emprego e energia, menos poluição” e “Brasil, preste atenção, nas usinas já tem muita demissão”.

Após palavras da prefeita e do presidente da Assobari, Acácio Masson Filho, o grupo partiu para Jaú. A Indústria da DCBio também teve as atividades paralisadas, em solidariedade ao movimento.

Em Jaú, uma tenda foi montada para receber as autoridades, que assinaram documento com reivindicações que será enviado ao Governo Federal. Na sequência, em um caminhão-palco, as autoridades deixaram suas palavras de insatisfação para com as políticas públicas voltadas ao setor, assim como com ações do Governo Federal que prejudicam a cadeia produtiva do etanol, como a importação da gasolina e do etanol de milho. O evento foi amplamente divulgado pela imprensa regional. Outras manifestações estão previstas para maio em todo o Estado.

Reivindicações

As reivindicações do Movimento em Prol do Setor Sucroenergético são um diferencial tributário para o setor por meio da equalização do ICMS em 12% ou menos, em todos os estados; a volta da CIDE na gasolina; redução de 2,3% para 1% na contribuição ao INSS incidente sobre o faturamento da cana de açúcar do produtor; o aumento da mistura de 25% para 27,5% e o incentivo para inovação tecnológica dos motores flex ou movidos a etanol buscando melhores rendimentos em km/litro dos mesmos.

Reivindicam, ainda, criação de REFIS específica para os produtores de cana de açúcar e para as usinas, permitindo o alongamento das dívidas hoje existentes; incentivo à cogeração de energia elétrica (a bioeletricidade) através da biomassa do bagaço e da cana de açúcar e que a mesma participe de leilão específico para o setor.

A indústria do etanol vive a maior crise de sua história. De 384 usinas, 44 encerraram suas atividades nos últimos dez anos, 33 estão em recuperação judicial e 12 não vão moer cana este ano. As demais usinas e os produtores de cana estão altamente endividados, prejudicando o seu sustento, a manutenção dos empregos e o reinvestimento através de plantio e tratos culturais, o que deve piorar a situação nesta e na próxima safra. As solicitações são primordiais e urgentes para sustentabilidade da cadeia produtiva da cana de açúcar no Brasil.

As usinas de açúcar e álcool têm grande contribuição na arrecadação de impostos dos municípios, geração de empregos e colaboração junto à saúde, conservação de estradas, preservação do meio ambiente, economia e bem estar da comunidade em geral.