Biden anuncia retorno dos EUA a acordo global do clima e restrições a petróleo
22-01-2021

Presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado da mulher, Jill, durante cerimônia de posse 20/01/2021 REUTERS/Callaghan O'Hare Foto: Reuters
Presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado da mulher, Jill, durante cerimônia de posse 20/01/2021 REUTERS/Callaghan O'Hare Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira o retorno dos EUA ao acordo internacional de Paris para enfrentar as mudanças climáticas, como parte de uma série de medidas com o objetivo de restaurar a liderança do país no combate ao aquecimento global.

O anúncio também incluiu um decreto abrangente para revisar todas as ações do ex-presidente Donald Trump enfraquecendo o combate às mudanças climáticas, a revogação de uma licença vital ao projeto de oleoduto Keystone XL, da TC Energy?´s, e uma moratória a atividades de exploração de óleo e gás no Refúgio Nacional de Vida Selvagem no Ártico, que o governo Trump havia recentemente aberto para desenvolvimento.

As ordens do presidente recém-empossado marcarão o começo de uma grande reversão de políticas no segundo maior emissor de gases do efeito estufa do mundo, atrás da China, depois de o governo Trump atacar a ciência do clima e recuar em regulamentações ambientais para maximizar o desenvolvimento de combustíveis fósseis.

Biden prometeu colocar os Estados Unidos no caminho do saldo zero em emissões até 2050 para cumprir os cortes abruptos e globais que os cientistas dizem que são necessários para evitar os impactos mais devastadores do aquecimento global, com restrições a combustíveis fósseis e amplos investimentos em energias limpas.

O caminho não será fácil, no entanto, com divisões políticas nos Estados Unidos, oposição das empresas de combustíveis fósseis e parceiros internacionais cautelosos com as mudanças nas políticas dos Estados Unidos obstruindo o trajeto.

Trump retirou os EUA do Acordo de Paris de 2015 para o combate às mudançcas climáticas no ano passado, argumentando que era custoso demais à economia norte-americana.

Fonte: Reuters