Biocombustíveis: alternativa viável para produção de energia e renda
23-10-2015

Os biocombustíveis são considerados alternativas interessantes para os países do mundo interessados em iniciativas sustentáveis e economicamente viáveis. Especialmente nos países em desenvolvimento, onde há um grande potencial, por conta das de condições climáticas e disponibilidade de terra, o que vai ao encontro da necessidade de gerar riqueza e empregos e produzir uma fonte de energia local.

Voltado a discutir os biocombustíveis, aconteceu em Nairóbi, no Quênia, no final de setembro, reunião do Comitê Diretivo do Programa para Desenvolvimento de Cultivos Alternativos para Biocombustíveis do World Agroforestry Centre (ICRAF). Em debate, o andamento das ações em desenvolvimento em diversos países. O Programa ICRAF é financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD) e pelo Governo da Índia. O Brasil foi representado na reunião pelo Chefe-Geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza, que faz parte do Comitê.
O Programa do ICRAF foi lançado em 2013 e atua na África, na Ásia e na América Latina, procurando desenvolver sistemas agroflorestais sustentáveis com foco em produção integrada de alimentos e matérias-primas para biocombustíveis. Tem um cunho social forte, já que pretende beneficiar comunidades pobres, melhorando a qualidade de vida e a segurança alimentar.
No âmbito da América Latina, o Brasil também está sendo beneficiado pelo Programa ICRAF com liderança da Embrapa. O acordo de cooperação entre a Embrapa e o ICRAF foi assinado no ano passado, durante a segunda reunião do comitê diretivo do programa, que foi realizada, na sede da Embrapa, em Brasília/DF. Desde então, a Empresa brasileira desenvolve um programa com agricultores familiares no Nordeste brasileiro, que tem como objetivo a produção de macaúba em sistemas agroflorestais para gerar alimentos e matéria-prima para bioenergia – Projeto MacSaf.
As ações são desenvolvidas em campos experimentais da Embrapa nos municípios de Barbalha, no Ceará, e de Parnaíba, no Piauí, com a participação de quatro unidades da Embrapa – Agroenergia (Brasília/DF), Algodão (Campina Grande/PB), Cerrados (Planaltina/DF) e Meio Norte (Teresina/PI) –, além da Universidade de Brasília, Universidade Federal de Viçosa e a empresa Acrotech.
Estas atividades serão apresentadas durante a reunião na África pelo líder do projeto e pesquisador da Embrapa Agroenergia, Alexandre Cardoso. De acordo com ele, já foram implantadas áreas englobando macaúba, feijão caupi e milho.
“Além do MacSaf, também apresentamos, na reunião do Comitê, potenciais propostas de serem financiadas pelo IFAD”, concluiu Manoel Souza.

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