Biocombustíveis estiveram na pauta do Brasil na COP23
22-11-2017

Semana passada, durante a COP23, em Bonn, na Alemanha, 20 nações se comprometeram a promover a bioeconomia e reduzir emissões no setor de transportes, em linha com as propostas da Plataforma Biofuturo. Lançada pelo Brasil na Conferência do Clima em 2016, a iniciativa visa facilitar o diálogo político entre os países membros, academia e setor privado para implementarem alternativas sustentáveis de baixa emissão de carbono em substituição a combustíveis fósseis. Esse grupo de países representa metade da população mundial e 37% da economia global.

"A Plataforma Biofuturo é um reconhecimento de que os biocombustíveis são necessários para a redução de emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, a diminuição do aquecimento do clima. O Brasil, como um dos principais exportadores do biocombustível, torna-se um player importante nesse novo movimento. O etanol brasileiro abastece 73% a frota Flex e 30% a frota nacional de motos.", afirma Elizabeth Farina, diretora-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

Do lado nacional e paralelamente a esse anúncio, o Brasil também defende maior participação dos biocombustíveis em sua matriz energética, por meio da política nacional de biocombustíveis, o RenovaBio. O programa, que visa descarbonizar o setor de transportes, foi protocolado nesta semana na Câmara dos Deputados e segue para aprovação do Congresso. "Pela primeira vez, o País mostra o que espera dos biocombustíveis no longo prazo, com uma política de Estado alinhada às metas assumidas no Acordo de Paris", completa Farina.

Os países signatários da Plataforma Biofuturo são: Argentina, Brasil Canadá, Dinamarca, Egito, Finlândia, França, Índia, Indonésia, Itália, Marrocos, Moçambique, Holanda, Paraguai, Filipinas, Suécia, Reino Unido e Uruguai.