Bioeletricidade: com a tarifa do último leilão, expansão da cogeração começa fazer sentido
11-06-2015

Para estimular a bioeletricidade, falta uma visão de longo prazo e a valorização das vantagens de menor investimento e perdas em transmissão. Esta é a visão de Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria. 

Apesar dos avanços já verificados nas políticas voltadas à eletricidade advinda da biomassa, a maioria das empresas sucroenergéticas não tem interesse em participar dos certames de energia. Ele lembra que no Leilão A-5 que ocorreu no final de abril, poucos projetos de energia de biomassa participaram. “A tarifa girou em torno de R$ 278,50 por MWh. Entendemos que este é um nível de tarifa que começa a fazer sentido para a expansão da cogeração no setor sucroenérgetico.” O que os empresários que produzem energia a partir da cana-de-açúcar pleiteiam é por uma tarifa competitiva, tanto para novos projetos como para retrofit.
Mas, segundo ele, ainda não é o patamar ideal de remuneração. “Caso nos próximos leiloes de energia térmica sejam definidos valores-teto em torno de R$ 300 por MWh é esperado que aumente a viabilidade de novos projetos de energia de biomassa. Estes projetos têm a vantagem do baixo investimento em interligação”, conclui Nastari.

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