Bioeletricidade tem potencial para responder por 24% do consumo nacional de energia até 2024
13-06-2016

Em torno de 50% das usinas sucroenergéticas no país, com a biomassa já existente nos canaviais, podem ser grandes geradoras de bioeletricidade para a rede. Para isso, devem passar por um processo de reforma (“retrofit”), além de aproveitarem plenamente o bagaço, a palha e o biogás da vinhaça. 

De acordo com o último Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE - 2024), considerando o aproveitamento pleno da biomassa existente (bagaço e palha) nos canaviais em 2015, a geração de bioeletricidade sucroenergética para a rede tem potencial técnico para chegar a mais de seis vezes o volume de oferta à rede em 2015.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2014 existiam 177 unidades sucroenergéticas exportando excedentes de bioeletricidade para a rede de um universo contabilizado pela Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar) de 355 unidades produtoras.
Ainda de acordo com o PDE 2024, o potencial técnico de geração anual para a rede pela biomassa da cana pode ir além e alcançar quase duas usinas do porte de Itaipu, com geração de 165 TWh/ano até 2024.
Em 2015, a geração de energia para a rede pela biomassa da cana respondeu por 4,3% do consumo nacional de energia elétrica no Brasil. Se for aproveitado plenamente o potencial técnico da bioeletricidade da cana, segundo a EPE, somente esta fonte tem capacidade de representar 24% do consumo nacional na rede até 2024.
Mas para atingir esse potencial, o setor precisa investir no retrofit e em projetos de recolhimento da palha e de produção de biogás. Aí está o “x” da questão. O empresário precisa ter estímulo e segurança para investir, o que ainda não aconteceu.


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