Brasil continuará monitorando políticas para o açúcar na Tailândia
10-03-2017

O Brasil e a Tailândia, os dois maiores produtos mundiais de açúcar, realizaram mais uma rodada de consulta bilateral em Genebra nesta semana na tentativa de evitar uma enorme disputa diante dos juízes da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Depois da nova conversa, o Brasil resolveu continuar monitorando o plano de reestruturação do programa de subsídios a produtores de açúcar da Tailândia. O concorrente prevê adotar quatro ao longo do ano.

A expectativa brasileira é de que os tailandeses respeitem as regras internacionais e sobretudo não causem dano às exportações brasileiras em terceiros mercados.

A briga começou no ano passado, quando o Brasil acionou o sistema de disputas da OMC, alegando que os sistemas tailandeses de cotas e preços pagos aos produtores inflam a produção e geram excedentes para exportação, que tornam desleal a concorrência em outros mercados.

Segundo cálculos preliminares da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), o Brasil perdeu participação de mercado e deixou de faturar mais de US$ 1 bilhão por ano por causa da política tailandesa.

Se o Brasil constatar que, mesmo com a reforma, continuará sendo afetado, terá o direito de pedir na OMC um painel (comitê de especialistas) para examinar o caso.