Brasil na liderança da ascensão do Etanol 2G
10-04-2015

Em evento de lançamento do estudo Avaliação do Potencial Competitivo do Etanol 2G no Brasil, do BNDES, principais stakeholders do setor se reuniram para discutir políticas de apoio ao avanço do biocombustível.
Em tarde de lançamento oficial do estudo Avaliação do Potencial Competitivo do Etanol 2G no Brasil, o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social reuniu pesquisadores, associações, empresários, usineiros e fornecedores de tecnologia para discutirem políticas de apoio ao avanço do biocombustível.
Liderado pelo BNDES, em parceria com o CTBE – Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, o estudo tem o objetivo de munir os stakeholders do setor com informações de mercado para que a curva de aprendizado do etanol 2G avance em ritmo suficiente para suprir o gap energético equivalente estimado pelo Ministério de Minas e Energia em 10 bilhões de litros de gasolina por ano a partir de 2024.
“Para cumprir esta demanda, e atingir o volume projetado de etanol total, seria necessário agregar a produção de 29 bilhões de litros de etanol e o 2G torna esse cenário mais factível”, diz o economista do departamento de biocombustíveis do BNDES, Diego Nyko.
A pesquisadora do CTBE Tássia Lopes apresentou um modelo que contempla avanços para os próximos 15 anos do etanol 2G, divididos em cenários de curto, médio e longo prazo, cujas premissas tiveram apoio de mais de 30 stakeholders do setor. O cenário a médio e longo prazo apontam o potencial competitivo do 2G no Brasil e a liderança do país no desenvolvimento mundial desta tecnologia. No curto prazo, será preciso um esforço do setor em diminuir custos de imobilização de ativos e explorar o excelente potencial de produção de biomassa no Brasil com sorgo biomassa e cana energia para aumentar a produtividade, eficiência e competitividade do etanol.
Após apresentação dos cenários de competitividade do etanol 2G, o evento seguiu incitando importantes reflexões sobre tributação e a elaboração de políticas públicas que apoiem a liderança mundial do Brasil no desenvolvimento dessa tecnologia.
“O Brasil faz parte da história do etanol e é o melhor lugar do mundo para produzir biomassa a custos competitivos, nós brasileiros temos que arregaçar as mangas e trabalhar com afinco para fazer essa tecnologia dar certo. Iniciativas como essa, liderada pelo BNDES, são absolutamente essenciais e mais do que bem-vindas nesse cenário. Precisamos de uma força tarefa reunindo o melhor de cada área para passarmos rapidamente por essa curva de aprendizado”, diz Tatiana Gonsalves vice-presidente da Nexsteppe, empresa fornecedora de matéria-prima para o setor de bioenergia.
O BNDES disponibilizará o estudo para acesso a partir da semana de 13 de abril.