Brasil terá safra de cana menor, diz representante do país no WABCG
07-12-2018

Nesta segunda-feira (26), reunidos em Londres, os produtores mundiais de açúcar apresentaram suas perspectivas para a fabricação do produto e da cana e da beterraba – matérias-primas para produção do adoçante. O Brasil deve ter um déficit de 10 milhões de toneladas na safra atual. A previsão acaba de ser anunciada por Eduardo Romão, representante da comitiva brasileira na reunião anual do Conselho da Associação Mundial dos Produtores de Cana e Beterraba (WABCG), evento que integra e que antecipa o Encontro Anual da Organização Internacional de Açúcar (ISO).

A Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e entidades afiliadas como a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) participam do evento. A Organização dos Plantadores de Cana do Centro-Sul do Brasil (Orplana), que é presidida por Eduardo Romão, também participa. O dirigente aproveitou a presença dos produtores mundiais de açúcar para convidá-los para em 2019 participarem da reunião da WABCG, que será realizada no Brasil.

Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana, acompanhado de Cid Caldas, que é o representante do governo brasileiro no ISO, endossa a previsão de Romão, bem como os motivos pelos quais levarão a queda da produção de cana nesta safra. “Os preços do açúcar, produto que usa mais cana para fabricá-lo em comparação ao etanol, estão baixíssimos no mercado externo, o que têm levado as usinas brasileiras a priorizarem o etanol, este que terá a participação de mais de 60% do destino da cana”, frisa Lima. O vice-presidente da AFCP, Paulo Tapety, também participa do evento.

Fonte: AFCP