BrasilAgro: negócios com cana e no Paraguai estão muito bons
09-05-2016

A BrasilAgro destacou nesta sexta-feira, 6, em teleconferência com investidores, os bons resultados da companhia no terceiro trimestre do ano fiscal de 2016, encerrado em 31 de março. "Os negócios de cana-de-açúcar e no Paraguai estão com resultados muito bons", disse o presidente e diretor de relações com investidores da BrasilAgro, Julio Piza. E emendou: "Já o resultado das lavouras de soja na Bahia e no Piauí foi muito complicado."
A companhia informou que 10,303 mil hectares foram cultivados com cana-de-açúcar, dos quais 982 hectares foram colhidos até o fim do trimestre.
Quanto às lavouras de soja na Bahia e no Piauí, Piza explicou que a chuva ficou abaixo da média histórica nestes Estados em fevereiro e março, o que derrubou a produtividade da oleaginosa. O rendimento médio, segundo a companhia, foi 40% menor que o esperado.
As lavouras de milho também renderam menos, 30% abaixo do esperado, porém os preços internos pagos pelo cereal, em alta há meses, compensaram as perdas.
Na propriedade Cresca, no Paraguai, a empresa cultiva soja e milho e ainda desenvolve pastagens. Piza comentou que os resultados no país vizinho não foram incluídos no último balanço, mas serão refletidos no próximo. Ele adiantou que as chuvas estão pouco abaixo da média histórica e que as margens obtidas hoje com a soja variam de US$ 300 a US$ 350 por hectare, o que foi considerado "muito positivo" pelo executivo. A Cresca tem uma área total de 71 mil hectares. Para 36 mil hectares a companhia obteve recentemente uma licença ambiental que permite o desenvolvimento das terras no longo prazo. "O desenvolvimento da propriedade no Paraguai deve demorar de 5 a 8 anos até que seja totalmente implementado", explicou Piza.
Com a expectativa quanto ao bom resultado das operações atuais do Paraguai e dos negócios relacionados à cana-de-açúcar, Piza projetou encerrar o ano fiscal de 2016, em 30 de junho, com resultado positivo. No Paraguai, 65% dos 7,2 mil hectares cultivados com soja já foram colhidos, enquanto a colheita dos 3,298 mil hectares de milho está prevista para começar no fim de maio. O rendimento das lavouras das duas culturas estão acima do esperado, segundo apresentação da companhia. "Devemos terminar ano fiscal com resultado positivo pelo 4º ano consecutivo", afirmou Piza.
No terceiro trimestre, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 17,96 milhões, ante lucro líquido de R$ 16,12 milhões em igual período de 2015.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também foi negativo em R$ 13,22 milhões, ante Ebitda positivo de R$ 14,42 milhões no terceiro trimestre do ano fiscal anterior.