Braskem investe R$ 60 mi para reativar fábrica de Maceió
08-04-2020

Maior petroquímica da América Latina, a Braskem (BRKM5) divulgou na sexta-feira, 3, o relatório dos seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2019, com destaque para operações da companhia em Alagoas.

No quarto trimestre de 2019, a Braskem a empresa teve prejuízo líquido de R$ 2,92 bilhões. O desempenho trimestral levou a maior petroquímica a fechar com o ano um resultado negativo de R$ 2,8 bilhões.

“Na comparação com o ano anterior (2018), foram resultados 46% e 56% inferiores respectivamente, impactados sobretudo pelos menores spreads no mercado internacional e pelo menor crescimento global. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 2,79 bilhões”, diz trecho relatório da empresa para o mercado.

Os problemas que a companhia enfrenta em Alagoas, decorrentes do afundamento de três bairros em Maceió e a desvalorização do dólar contribuíram diretamente para o resultado negativo.

“Dois fatores contribuíram para isso: o impacto negativo da depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida da empresa não designada para hedge accounting; e, acima disso, a provisão contábil de R$ 3,38 bilhões referente à implementação dos programas de compensação financeira, apoio à realocação e promoção de atividades educacionais e ao fechamento de poços de sal em Maceió (AL). Esses programas foram fruto de acordos com autoridades de Alagoas.”, diz o relatório da Braskem.

Retomada

No relatório, a Braskem comunicou ao mercado que está fazendo investimento para retorno das operações nas plantas de cloro-soda e EDC em Maceió.

“Em 9 de maio de 2019, conforme fato relevante divulgado ao mercado, a Braskem iniciou o processo de paralisação da atividade de extração de sal e da consequente paralisação das fábricas de cloro-soda e dicloretano em Maceió/AL”, informou a companhia no relatório.

Diante deste cenário, e visando retomar a operação de cloro-soda, a Companhia informa que iniciou um projeto que visa mudar a base de matéria prima para as fábricas de cloro-soda por meio da aquisição de sal marinho de terceiros, nacional e/ou importado. O produto será estocado, dissolvido em água para produção de salmoura e posteriormente tratado e enviado para processamento.”

O custo estimado pela Braskem para a retomada da produção na planta de Maceió é de aproximadamente R$ 60 milhões, com R$ 21,2 milhões já realizados em 2019.

Na prática, a operação de produção de cloro-soda será retomada já a partir deste mês. A Braskem já aumentou a demanda por vários insumos, inclusive de gás natural, a partir de abril e deve operar plenamente na planta de Maceió já a partir de maio.

 

Fonte: Jornal de Alagoas com Gazetaweb - Blog do Edivaldo Junior