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Cana de 10 mil litros de etanol/h deve ser a meta para competir com o petróleo a 43 dólares o barril

Cana de 10 mil litros de etanol por hectare deve ser a meta do setor para competir com o petróleo a 43 dólares o barril

Essa afirmação é de Antonio Cesar Salibe, presidente executivo da UDOP, para ele, não adianta alcançar cana de três dígitos, se a unidade produz 85 litros de etanol por tonelada de cana

A jornalista Luciana Paiva, da CanaOnline, conversa com Antonio Cesar Salibe, presidente da União Nacional da Bioenergia (UDOP). Salibe, um especialista no setor sucroenergético, fala sobre o desempenho do setor neste cenário de pandemia do novo coronavírus; sobre a necessidade de reinvenções exigidas por esse mundo digital, inclusive, as implementadas pela UDOP para realizar suas funções de entidade representativa de classe, de canal de qualificação profissional e também na realização de seus eventos.

Outro ponto alto da entrevista é a posição de Salibe sobre uma visão mais ampla do setor em termos de produtividade, não focado apenas na área agrícola, mas também industrial.

Para o Presidente Executivo da UDOP, não adianta exigir que os agrônomos produzam um canavial com cana de três dígitos (100 toneladas de cana por hectare), com maior teor de sacarose, se o resultado final será a produção de 85 litros de etanol por tonelada de cana. “Para o setor competir com o petróleo em um cenário de 43 dólares o barril é preciso produzir no mínimo 10 mil litros de etanol por hectare. Dizem que a média do setor está em 7 mil litros. Há usinas que já produzem 12 mil litros, então esse aumento para uma média de 10 mil litros é possível. Claro que para isso é preciso investir em tecnologia. Os ganhos devem vir da área agrícola, mas também da industrial, que foi abandonada”, diz Salibe. Confira a entrevista