Cana-energia será um dos temas da Reunião Ridesa 2014
28-10-2014

Em 19 de novembro, no hotel JP, em Ribeirão Preto, SP, a Rede Interuniversitária de Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa) realizará sua reunião técnica anual. Um dos temas abordados será cana-energia.

Ficará a cargo de Geraldo Veríssimo, o professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenador do Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-Açúcar (PMGCA), falar sobre o desenvolvimento das pesquisas de melhoramento genético sobre essa nova alternativa agroenergética.
A cana-energia é produzida por meio de um melhoramento genético que resulta em cana com mais quantidade de fibras e variação na quantidade de açúcar. “Pelos cruzamentos genéticos e pelos tipos de parentais usados nos cruzamentos genéticos teremos alguns que terão mais fibras e outros menos açúcar e muito mais fibras. A cana-energia com baixa quantidade de açúcar e aumento de fibra tem foco na produção de energia, explica Geraldo Veríssimo.
O objetivo dos programas mundiais de melhoramento genético na seleção da cana-energia é obter diferentes tipos de planta. Um dos tipos é a Cana-energia 1, com manutenção do alto nível de açúcar (acima de 15% de sacarose) e com alto teor de fibra (acima de 18%). Este tipo é interessante para as empresas do setor sucroenergético que desejam investir na produção de etanol de segunda geração (etanol celulósico).
Por outro lado, busca-se também a Cana-energia 2, com baixíssimo nível de açúcar (sacarose menor que 6%) e elevado nível de fibra (acima de 28%), que é procurada por empresas que desejam produzir e fornecer biomassa para a geração de energia (eletricidade). As universidades que integram a Ridesajá iniciaram o desenvolvimento das Canas-Energia I e II e em breve lançará variedades RB de Cana-Energia.
SOBRE A RIDESA –A Rede é formada por 10 universidades Federais e já liberou 79 variedades de cana. Levantamento feito pelo centro de pesquisa Markestrat identificou que a maior participação no mercado de variedades de cana-de-açúcar é da Ridesa. No ciclo 2013/14, as variedades desenvolvidas pela Ridesa representaram 62% da área plantada com cana-de-açúcar no país.