China e Dubai aumentam procura por açúcar do Brasil
18-06-2014

A demanda da China e da refinaria Al Khaleej, em Dubai, por açúcar bruto do Brasil cresceu fortemente desde que os preços internacionais caíram abaixo de 17 centavos por libra-peso neste mês, enquanto as vendas da Tailândia e da América Central têm sofrido desaceleração.

Operadores do mercado físico disseram que a escala de navios nos portos brasileiros deve ser movimentada no mês de junho, com mais navios chegando para embarcar o produto rumo a mercados como China, Nigéria, Malásia e a refinaria de Al Khaleej.

O período de junho e julho é visto como o pico da colheita de cana no centro-sul do Brasil.

Ao mesmo tempo que as exportações brasileiras ganham ritmo, a fila de navios na Tailândia, segundo maior exportador depois do Brasil, está pouco carregada depois de uma moagem recorde. Origens na América Central, como Guatemala, estão encontrando dificuldade de fechar contrato, sinalizando que poderia haver uma grande entrega de açúcar da América Central contra o vencimento julho do açúcar na bolsa de Nova York, que vence em 30 de junho.

Grandes compradores globais de açúcar bruto como China e a refinaria Al Khaleej são clientes costumeiros do produto brasileiro, devido à sua alta qualidade, em um momento de preços relativamente baixos de frete marítimo.

"A demanda por açúcar bruto do Brasil acelerou, e nós estamos vendo uma falta de interesse por brutos da América Central e da Tailândia", disse um operador sênior.

Outra fonte do mercado citou diversos negócios com a China e a Malásia, e consultas da região do Mar Negro e da refinaria de Dubai.

Uma terceira fonte disse que há navios agendados para carregar açúcar bruto do Brasil em junho para refinarias na Venezuela, Índia, Marrocos, Argélia e Canadá.

Negociantes disseram que compradores se acumularam quando os preços na bolsa de Nova York caíram abaixo do nível de suporte a 17 centavos de dólar.

"Quando o mercado cai abaixo de 17 centavos, você encontra demanda. Quando o mercado dispara para 17,50 centavos, há falta de negócios", disse um operador.

Na sexta-feira, os futuros do açúcar tocaram a mínima de oito semanas, a 16,67 centavos, pressionados por uma ampla oferta global.