China vai fechar o cerco contra contrabando de açúcar; commodity cai mais de 50 pts em NY
22-06-2017

Os preços do açúcar caíram vertiginosamente ontem (21) nas bolsas internacionais, pressionados pela queda nas cotações do petróleo e a alta do dólar ante o real. Além destes fatores, a notícia de que o governo chinês pretende fechar o cerco ao contrabando de açúcar naquele país, também influenciou o mercado e deu sustentação a uma queda de mais de 50 pontos em alguns lotes da bolsa de Nova York.

Segundo análise do jornal Valor Econômico de hoje, "com o maior controle das fronteiras chinesas, os contrabandistas precisarão escoar esses carregamentos ilegais no mercado internacional, elevando a oferta mundial de açúcar".

O vencimento julho/17 da bolsa de Nova York caiu 56 pontos ontem no comparativo com a véspera, fechando negócios em 13.06 centavos de dólar por libra-peso. A tela outubro/17 teve a maior baixa, somando 56 pontos de desvalorização e negócios firmados em 13.26 cts/lb. As demais telas caíram entre 35 e 51 pontos.

Londres acompanhou as perspectivas de baixa e fechou, no vencimento agosto/17, em US$ 397,20 a tonelada, baixa de 10,30 dólares no comparativo com a véspera. Os demais lotes fecharam no vermelho entre 8,70 e 11,70 dólares cada.


Mercado doméstico

O mercado interno de açúcar cristal fechou pela terceira sessão em baixa ontem, segundo dados do Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi comercializada a R$ 70,90, recuo de 1,40% no comparativo com os preços de terça-feira.


Etanol diário

O mercado do etanol também fechou em baixa pelo quarto dia seguido. O metro cúbico do biocombustível foi vendido ontem, pelo índice Esalq/BVMF, a R$ 1.368,50, 0,69% a menos que as cotações da véspera.


Rogério Mian