Chuvas despertarão banco de sementes de plantas daninhas
07-10-2016

Controle de plantas daninhas aumentam custo de produção em cerca de 30% para cana-soca e de 15% a 20% para cana planta

A temporada de chuvas está para começar e elas não são fermento de crescimento apenas para a cana, mas também para as plantas daninhas. Primeiro desperta as sementes que estão adormecidas no solo, o chamado banco de sementes, depois impulsiona o crescimento das daninhas que impõem a matocompetição com as lavouras e se não forem controladas ganham a disputa facilmente.

A infestação de plantas daninhas é um dos principais fatores bióticos presentes no agroecossistema da cana-de-açúcar que têm a capacidade de interferir no desenvolvimento e na produtividade da cultura. Estima-se que existam cerca de 1.000 espécies de plantas daninhas que habitam este agroecossistema, distribuídas nas distintas regiões produtoras do mundo. A interferência negativa resultante da presença das plantas daninhas nas áreas agrícolas produtoras de cana-de-açúcar pode causar reduções na quantidade e na qualidade do produto colhido, diminuir o número de cortes viáveis além de aumentar os custos de produção em cerca de 30% para cana-soca e de 15% a 20% para cana planta.

Assim, os objetivos almejados no controle de plantas daninhas são: evitar perdas devidas à interferência; favorecer a condição de colheita; evitar o aumento do banco de sementes; evitar problemas de seleção/resistência e; evitar a contaminação do meio ambiente (redução da quantidade aplicada e resíduo no solo).

Dentre as plantas daninhas mais importantes nas áreas canavieiras encontram-se o capim-braquiária (Brachiariadecumbens), capim-marmelada (Brachiariaplantaginea), capim-colonião (Panicummaximum), capim-colchão (Digitaria spp.), capim-camalote (Rottboeliaexaltata) e a grama-seda (Cynodondactylon). Além das gramíneas, outras plantas daninhas como corda-de-viola Ipomoeaspp), tiririca (Cyperusrotundus) e picão-preto (Bidens sp.) também são causadoras de grandes prejuízos a cultura. Ainda, na região Nordeste, outras espécies apresentam muita importância como: capim-fino (Brachiariamutica), capim-gengibre (Paspalummaritimum), erva-de-rola (Cróton lobatus) e burra-leiteira (Chamaessyce hirta).

O manejo de plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar nos sistemas de produção atualmente em uso na canavicultura brasileira está baseado na integração de medidas culturais, mecânicas, físicas e químicas. Dentre as medidas culturais destacam-se manejo de variedades de alto perfilhamento e conseqüentemente sombreamento precoce do solo, redução de espaçamentos de plantio, condução de soqueiras para o rápido perfilhamento nas fases iniciais de desenvolvimento da cultura.

Como medidas físicas destaca-se a operação de cultivo de soqueiras e de “quebra-lombo” em cana-planta, que dentre suas finalidades de execução está o manejo de plantas daninhas em pós-emergência.

O principal método de controle das plantas daninhas empregado pelos produtores de cana-de-açúcar é o uso de herbicidas, aplicados em condições de pré-emergência ou pós-emergência inicial ou eventualmente em condições de pós-emergência tardia. Os objetivos principais do controle químico de plantas daninhas é a obtenção de máxima eficácia de controle de controle de plantas daninhas, com alta seletividade para a cultura, de forma econômica e com a minimização dos efeitos ambientais.

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