Ciclone e onda de frio levam chuva intensa ao Sul do Brasil
21-08-2024

Meteorologistas alertam para o frio no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões oeste, campanha e sul do Estado — Foto: Marcelo Curia
Meteorologistas alertam para o frio no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões oeste, campanha e sul do Estado — Foto: Marcelo Curia

Situação deve ganhar força nos próximos dias, principalmente no Rio Grande do Sul. No Sudeste, procupação é com a estiagem

Por Isadora Camargo — São Paulo

Mais uma frente fria com ventos e chuvas intensas devem atingir a região Sul do Brasil a partir desta quarta-feira (21/8), em razão da chegada de uma frente fria associada a um forte ciclone extratropical no oceano. As previsões são da Climatempo, que explica que os efeitos desse sistema climático "se intensificarão nos próximos dias".

A frente fria é a segunda mais intensa a afetar o Rio Grande do Sul em agosto. De acordo com a consultoria meteorológica, há características continentais para a situação e o ciclone extratropical não deve ultrapassar a faixa Sul para o Centro do país, porém "causará impactos consideráveis".

Para esta quarta-feira, o alerta principal está nas áreas do Rio Grande do Sul, especialmente durante a tarde e a noite, abrangendo regiões do oeste, campanha e sul do estado. Nessas áreas, há um risco elevado de temporais, acompanhados de ventos fortes que podem atingir velocidades entre 71 e 90 km/h.

Em Santa Catarina e Paraná o tempo continua seco, mas as condições podem se alterar repentinamente. "A atuação do ciclone extratropical vai intensificar os ventos em amplas áreas dos estados do Sul, com rajadas que podem variar entre 71 e 90 km/h em regiões como Chuí e Torres, no Rio Grande do Sul", informa a Climatempo.

A instabilidade pode aumentar nesta quinta-feira (22/8) com o avanço da frente fria, deixando o tempo mais instável no Rio Grande do Sul. "As regiões mais afetadas serão a faixa norte, missões, oeste, central, vales, campanha e sul do estado", diz a Climatempo.

Enquanto isso, na região Sudeste, a estiagem preocupa. Em Minas Gerais, incêndios se alastram na Serra do Cipó. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Estado registou 3.658 focos de incêndio em vegetação na primeira quinzena de agosto, um volume que é o maior desde 2010.

Além do Parque Nacional da Serra do Cipó, onde mais de mil hectares de vegetação foram atingidos e está fechado devido à contenção das queimadas, a Serra da Moeda também é um dos locais mais afetados. Os incêndios, em sua maioria, são causados intencionalmente por ação humana, segundo o Inpe, e agravados pela seca.

A falta de chuvas e a estiagem se agrava e preocupa produtores dessas regiões, cujo temor é que o fogo se espalhe.

Fonte: Globo Rural