Cinturão verde paulista responde por mais de 80% das hortaliças comercializadas na Ceagesp
15-02-2018

De acordo com a Ceagesp, o Cinturão Verde Paulista responde por 25% da produção nacional de verduras

As verduras e legumes tambémenchem de cores e aromaso Entreposto Terminal São Paulo (ETSP),a maior central de abastecimento de frutas, legumes, verduras, flores, pescados e diversos da América Latina, mas diferentemente das frutas que chegam de várias cidades, estados e países, mais de 80% das hortaliças que abastecem o entreposto são produzidas no Cinturão Verde Paulista, que é dividido em duas grandes áreas - leste e oeste - tendo a capital do estado como o centro. Entre os municípios que compõem a região leste estão Mogi das Cruzes, Santa Isabel e Suzano, nela estão mais de 4 mil pequenos produtores rurais. Na região oeste, o Cinturão Verde é composto por cidades como Ibiúna, Itapetininga, Piedade do Sul e Sorocaba e conta com aproximadamente 3 mil pequenas propriedades rurais.

De acordo com a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo,Ceagesp, o Cinturão Verde Paulista responde por 25% da produção nacional de verduras e por 90% das verduras e 40% dos legumes consumidos na capital paulista. A proximidade das áreas de produção agrícola com o mercado consumidor favorece o transporte, reduz as perdas, o preço e também a pegada ecológica (menos transporte significa menos poluição do ar).

Entre os fornecedores de hortaliças produzidas no Cinturão Verde Paulista estão Roberto de Almeida e Francisco Dantas, de Mogi das Cruzes, que há 10 anos comercializam na Ceagesp. A lida não é fácil e começa cedo, às 4 da manhã já estão se dirigindo para o ETSP. Na roça, trabalham para conseguir produtos com qualidade para atender as qualificações do entreposto, sabem que isso é fundamental para a comercialização e para maior valorização do produto. Eles também estão de olho nas tendências de mercado, para reduzir perdas e aumentar o ganho, passaram a reduzir a produção de folhosas e aumentaram o plantio de legumes como a brócolis ninja, que oferece maior valor agregado.

Pequenos produtores, eles reclamam da falta de uma política agrícola e agrária que dê mais segurança e estabilidade para que o produtor não sofra tantas perdas e fique tão à mercê dessa gangorra entre oferta e demanda. "Quando o tempo ajuda e a produção aumenta, o preço despenca, tem vez que não compensa colher e transportar para cá. Quando a produção cai, o preço aumenta, mas aí o volume é pouco e quando dividimos com o gasto, o custo não cobre. Vida de quem planta é dura, não é alface”, comentam fazendo uma analogia a maciez desse tipo de verdura.
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