Com o Fim do Fogo, surge a era da Palha
23-04-2015

Os canaviais seguem em ritmo acelerado para 100% de mecanização. Com o fim da queima e o corte com máquinas, a cana ganha o reforço de mais um resíduo: o palhiço, formado pela palha e pontas da cana, que são descartadas no processo de produção de açúcar e etanol. Em média, há cerca de 150 quilos de palha seca para cada tonelada de cana colhida, o que totaliza, aproximadamente, 15 toneladas de palha por hectare por ano.
O colchão de palha que fica no solo apresenta ganhos agronômicos, mas em excesso traz prejuízos como o aumento da incidência de pragas e dificuldade de brotação da cana. Ainda bem que, cada vez mais, encontram-se usos para esse resíduo, como incorporar a palha ao bagaço para a produção de energia ou na fabricação do etanol de segunda geração.
Várias unidades sucroenergéticas já utilizam a palha para a produção de energia. Há casos em que o resíduo é levado com a cana para a indústria e lá é separada por meio de um grande ventilador. Em outros, após a colheita, a palha permanece exposta ao tempo por um período de até dez dias para que seque. Quando o material estiver com cerca de 10% de umidade é feito o aleiramento, que reúne a palha em linhas (leiras). Depois, uma enfardadora acoplada ao trator passa recolhendo o material e fazendo os fardos. Chamados de “gigantes”, cada um tem cerca de 2 metros de comprimento e 450 quilos. Por último, a carreta recolhedora de fardos encaminha o material para o ponto de carregamento, de onde seguem para a usina. Da palha deixada pelas colhedoras no canavial, são retirados do campo de 50-60%, de acordo com as condições edafoclimáticas do local.

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